sexta-feira, 30 de março de 2018

A PÁSCOA NO JAPÃO


A Páscoa é uma celebração cristã, portanto, não é uma data muito comemorada no Japão. 
Culturalmente os japoneses não têm o hábito de trocar presentes nas datas comemorativas, mas sim efectuarem visitas de cortesia ou de agradecimento. No entanto, através das pequenas comunidades cristãs, ou mesmo por marketing, é possível ver algumas decorações alusivas a esta data.



A palavra japonesa para a Páscoa é "fukkatsusai", uma combinação de "fukkatsu" (renascimento) e sai (festival).
Algumas lojas investem na data e decoram o espaço com doces dedicados ao tema. Hoje, já são fabricados doces e outros produtos relacionados com a Páscoa na Terra do Sol Nascente, por exemplo pães com formato de ovos decorados ou suchi em forma de coelhinho.

Um dos maiores divulgadores da Páscoa no Japão é a Disney, que todos os anos promove grandes eventos dedicados ao tema. O festival já faz parte das comemorações da Primavera no calendário do Parque. Todas as personagens estão com orelhas de coelho e milhares de ovos coloridos são espalhados no "Tokyo Disney Land".



sexta-feira, 23 de março de 2018

O JAPÃO NA EXPO 1998



Realizou-se em Lisboa de 22 de Maio a 30 Setembro de 1998. Teve o propósito de comemorar os 500 anos dos Descobrimentos Portugueses e atraiu cerca de 11 milhões de visitantes.
Arquitetonicamente, a Expo, revolucionou parte da cidade, pode-se, hoje dizer que o Parque das Nações é um exemplo de conservação bem-sucedida de um espaço urbano, que antes estava completamente degradado.

Na Expo´98, encontravam-se representados mais de uma centena de países. Através da mais avançada tecnologia, descobríamos os encantos e os mistérios dos mares e as histórias dos grandes navegadores.

Presente também o artesanato e a gastronomia dos países participantes, que nos trouxeram diversos e magníficos espectáculos de dança, música e teatro.


O Pavilhão de Portugal, um edifício próprio, desenhado por Siza Vieira e Souto Moura, abria para a Praça Cerimonial, a gesta Nacional da Expansão marítima foi o tema central de uma cuidada exposição.


O Japão, participou na Expo´98 em Lisboa, última exposição mundial do século XX, sob o tema “Os oceanos, um património para o Futuro”, onde, na verdade, se conseguiu, vislumbrar, de perto, o futuro.


Os objectivos definidos para esta exposição foram, dar a conhecer ao mundo o papel pioneiro e decisivo de Portugal nos Descobrimentos que conduziram ao processo de expansão europeia dos séculos XV e XVI. Contribuir para a criação de novos sistemas de gestão da massa líquida do Planeta e para a preservação do equilíbrio ecológico, através de formas racionais de exploração dos recursos marinhos; ainda recriar os oceanos como espaço de lazer e de inspiração artística.


O pavilhão japonês estava dividido em quatro zonas e possuía um auditório de 200 lugares.
Foi, de facto, um pavilhão que surpreendeu os visitantes. No meio de coisas simples, mas valiosas (como a colecção de conchas raras do anterior imperador Hirohito), surgiram exemplos dos avanços tecnológicos.
No encontro do Japão com o Ocidente e consequente intercâmbio, o visitante recuava no tempo, até à cidade de Nagasáqui no século XVI. Com a ajuda de imagens virtuais, foi guiado por Luís Fróis, o primeiro missionário jesuíta no país do Sol Nascente, que descreveu a vida diária naquele porto e as alterações provocadas pela chegada dos portugueses.

A seguir, estava-se no coração do pavilhão, “Rumo a uma nova era marinha” (espectáculo de imagens tridimensionais, com efeitos de luz e som), que escondia os pormenores mais espectaculares. Mas a demonstração da tecnologia nipónica ainda não tinha terminado. No alvorecer da era dos grandes intercâmbios, tartarugas animadas convidavam a entrar nas suas casas e falavam da importância dos mares. Foram, também elas, as protagonistas do filme musical “O nosso mar, nosso amigo”, que encerrava o percurso.

   

quinta-feira, 22 de março de 2018

ARTES MARCIAIS – UM LONGO CAMINHO

Armadura Samurai

Artes marciais são um conjunto de técnicas de defesa e ataque que, depois de exaustivamente treinadas, no limite, poderão salvar-nos a vida.

Longo é o caminho da aprendizagem técnica e o subsequente desenvolvimento físico e mental, imprescindíveis para o sucesso dessa caminhada. Na verdade, a aprendizagem destas artes, não é para todos. São requisitos a humildade, resiliência, persistência, na procura da perfeição técnica e humana.

Espada Samurai

Não é por mero acaso que, entre milhares de praticantes, são poucos os que conseguem obter o seu primeiro cinto negro e adotarem a Arte como uma forma de estar na vida. O 1º Dan-cinto negro é, verdadeiramente, o início da aprendizagem. É o momentos em que surgem grandes dúvidas e incertezas. As técnicas não são tão perfeitas como gostaríamos, apesar do trabalho e empenho. Para os que ficam, a luta pela perfeição não parará mais. Será sempre a nossa motivação para continuar.

Armadura Samurai

É relevante quem escolhemos para nosso Sensei. Professor, mentor que pretensamente, nos acompanhará enquanto praticantes e cujo elo de amizade será para a vida. Devemos trata-lo com o maior respeito, demonstrando-lhe a nossa gratidão e amizade. 
Nem sempre assim foi. Eram os antigos mestres que escolhiam criteriosamente os seus alunos, a quem transmitiam a essência da sua arte de forma particularmente exigente e rigorosa. 

 Castelo de Osaka

Revejo-me na Arte mais tradicional, onde a presença no Dojo e o treino, são regidos por normas específicas, criadas pelos antigos mestres japoneses, mantendo-se, na sua generalidade, atuais e imprescindíveis para os resultados e sucessos ambicionados.

Caráter, sinceridade, respeito e auto-controlo. Máximas que, quando praticadas, nos honram enquanto professores ou praticantes e nos engrandecem como seres humanos.



Agradeço ao Dr. António Brito (Escola Superior de Desporto de Rio Maior), as fotografias que gentilmente me disponibilizou, recolhidas na sua última viagem ao Japão e que ilustram este texto.

domingo, 18 de março de 2018

O KARATE É UMA ARTE


Da vontade de aprender karate e do amor pela arte, surgiu a necessidade de soltar as palavras, sintetizando-as, descrevendo as minhas vivências, enaltecendo o companheirismo e amizades que o karate me proporciona. 




O Karaté é uma Arte
Um hino à vida e ao amor
É o equilíbrio perfeito
Uma paixão desmedida
Que todos trazemos no peito

Noutros tempos, há muitos anos
Quando a vida corria perigo
O homem por instinto lutava
Com o corpo como arma
Respondendo ao desafio

Quantas técnicas, quantas formas
Quanto ainda por saber
Um esforço, uma vitória
Um sorriso na memória
Por ter conseguido aprender

Gestos firmes e precisos
De imensa e rara beleza
Quanta humildade presente
Num gozo permanente
Desta forma de estar na vida

E se o cansaço espreitar
Ou a vontade enfraquecer
Há sempre alguém ao lado
Em pleno esforço empenhado
Que não nos deixa esquecer

Nas Artes como na Vida
Há que lutar para vencer
Transformar derrotas em vitórias
E as vitórias no caminho
Que havemos de percorrer


Joaquim Rosmaninho Matias




Grato a todos os que me acompanharam, ensinaram e com quem partilhei conhecimentos e por quem nutro uma grande e sincera amizade. Obrigado
Oss




sábado, 10 de março de 2018

O KARATÉ NA TERCEIRA IDADE


Praticar Karaté na terceira idade, com um treino  adequado, é possível  melhorar as  diferentes capacidades físicas, como força, flexibilidade, resistência e agilidade. 
A participação regular num exercício físico tem sido uma das alternativas para amenizar o impacto do envelhecimento sobre algumas funções fisiológicas, pois o sedentarismo prolongado leva a uma diminuição gradual da aptidão física.

Os benefícios da prática do Karaté são muitos, principalmente para os Idosos, onde o equilíbrio e a flexibilidade representam qualidade de vida e mais segurança diminuindo a possibilidade de quedas e fraturas.


 Nakayama  ( 10º Dan, foi um dos mestres mais influentes da história do Karaté Shotokan)  afirmou em 1979 que um karateka através das práticas domina todos os movimentos do corpo, aprendendo a movimentar o corpo de um modo livre e uniforme.

 O Karaté desenvolve principalmente a concentração, rapidez de raciocínio, elasticidade, coordenação motora e fortalecimento muscular, tornando os idosos mais ativos, fortes, perspicazes e resistentes nas atividades quotidianas.

 A prática aumenta o senso de responsabilidade, o espírito de disciplina, além de valorizar a procura contínua  do caráter.

 O Karaté incentiva o idoso a vencer no seu dia a dia os seus próprios limites, sendo assim, um componente fundamental no auxílio, na modificação do estilo de vida e na adoção de uma vida mais ativa e saudável.


 O processo de envelhecimento, ao qual ninguém se encontra imune, provoca alterações a nível da aptidão física, em especial a força, a flexibilidade o equilíbrio, e cognitiva, como a memória e a atenção, do ser humano. Diversos estudos demonstram que o Karaté apresenta-se como uma modalidade desportiva completa, tanto a nível físico como mental. Também desses estudos foi comprovado que os idosos praticantes de Karaté, comparados com os não praticantes, tem uma superior capacidade funcional e cognitiva.