sábado, 3 de agosto de 2019

YAKUSA A LENDÁRIA MAFIA JAPONESA



Possivelmente pela influência de filmes, livros e jogos, a Yakuza, a lendária máfia japonesa, é conhecida de uma forma romântica pelo mundo. Eles, que além de medo, causam admiração pelo "excitante mundo do crime", escondem segredos cruéis a respeito da ação do grupo dentro e fora do Japão ao longo dos (muitos) anos em que agem declaradamente como uma facção criminosa. 
 Vamos tentar listar alguns detalhes sobre a Yakuza que pouca gente conhece, mas que são suficientes para acabar de vez com a admiração que as pessoas sentem desses mafiosos.

1. Grande máfia
Se pensa que a Yakuza pertenceu ao passado, saiba que emprega atualmente, mais de 100 mil pessoas. Esse número torna-a numa das maiores organizações criminosas do mundo. Mas, o seu maior número de membros foi logo após a Segunda Guerra Mundial, quando chegou a contar com 184 mil pessoas. Esse total, por incrível que pareça, representava mais da metade da força policial japonesa, que em 2010 era de 291.475 homens.
2. Lealdade
Dentro da máfia japonesa há uma organização rigorosa, que segue o típico formato piramidal, com o líder no topo e a distribuição do poder entre as suas camadas. Os kobun, ou filhos (seguidores); precisam ser leais e absolutamente obedientes ao oyabun (o chefe ou "pai"), estando dispostos mesmo a sacrificar as suas vidas em nome do líder ou do grupo.
3. Mutilações
Erros sem represálias ou "demissões" não acontecem na máfia. Quem não segue as ordens à risca sofre punições com  violência física. Os erros mais graves, por exemplo, costumam ser pagos com a amputação de um dos segmentos do dedo, prática conhecida entre eles como yubizume.
De acordo com os estudiosos da organização, segundo a tradição japonesa, o ato era praticado para que a pessoa desobediente se tornasse mais dependente de seu superior. Há, ainda casos em que os homens são punidos com a morte.
4. União
Até meados do século XX, a Yakuza funcionava na forma de famílias rivais, quando Yoshio Kodama uniu todas as facções, tornou-se no primeiro chefe absoluto da máfia. Era um líder de extrema direita, que desviou muito dinheiro para o Partido Democrático Liberal japonês, com orientações anticomunistas.
Dizem que Kodama foi um dos responsáveis pelo escândalo de 1976, envolvendo a companhia aeroespacial norte-americana Lockheed, cuja empresa teria pago um suborno superior a 3 milhões de dólares , via Yakuza, para o então primeiro-ministro japonês, Kakuei Tanaka. Aliás, a parceria entre os membros da máfia e os partidos extremistas do país, continua até hoje e traz benefícios para ambos os lados, dando decisão política ao grupo e proteção aos políticos corruptos.
5. Sindroma de Robin Hood
Por serem implacáveis nas suas missões, os membros da Yakuza costumam ver mortes violentas como uma forma poética e honrosa. Além disso, acham-se, por vezes, o próprio Robin Hood, roubam dos ricos para ajudar os mais pobres. Infelizmente é que esses conceitos românticos da vida criminosa fazem com que a máfia seja admirada por muita gente.
Um bom exemplo das ações sociais lideradas pela Yakuza foi em 2011, quando o Japão foi atingido pelo tsunami. Nessa época, a máfia respondeu, tomando parte da situação com maior agilidade que o próprio governo japonês, entregando carregamentos de comida, água potável, cobertores e suprimentos de higiene pessoal nos abrigos.
6. Tatuagens

Uma das marcas mais conhecidas dos membros da Yakusa são as tatuagens. Os filiados não possuem um só símbolo ou uma só tatuagem, tatuam o corpo inteiro (poucas são as partes poupadas), o desenho torna-se uma verdadeira armadura carregada de simbolismos.



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