domingo, 28 de maio de 2017

O TREINO AO AR LIVRE


No Ocidente, as artes marciais, habitualmente, estão associadas a locais fechados, como se estivessem envolvidas por uma áurea mágica e secreta que tornasse obrigatório o seu exercício nesses locais.

domingo, 14 de maio de 2017

TERMOS E ETIQUETAS DO JAPÃO



Cumprimentos básicos:
Ohayo gozaimasu
Bom dia
Konnichiwa
Boa tarde
Kombanwa
Boa noite
Oyasuminasai
Boa noite (quando for dormir ou quando se despede de alguém à noite)
Sayonara
Até logo, adeus
Hajimemashite
Muito prazer
Ogenki desu ka
Como vai?


Outras palavras e frases importantes:


Arigatô gozaimasu
Obrigado(a)
Iie doo itashimashite
Por nada, não há de quê
Sumimasen
Desculpa, por favor. Utilizado quando se pede desculpa, ou quando se for pedir um favor, ou informação
Shitsurei shimasu
Com licença, pedir licença para passar, para entrar na casa ou no escritório de alguém e também quando se retirar de algum local antes das outras pessoas
Gomenkudasai ou gomen nasai
Desculpe
Hai
Sim
Iie
Não
Watashi no namae wa desu
O meu nome é
Doko desu ka?
Onde fica, onde é
Ikura desu ka?
Quanto custa?
Takai desu
É caro
Yasui desu
É barato
Irashaimassê
Seja bem-vindo
Wakarimashita
Entendi
Wakarimasen
Não entendo
Motto Yukkuri itte kudasai
Por favor fale mais devagar
Chotto matte kudasai
Espere um momento, por favor
Kanko kyaku desu
Sou turista
X nichikan taizai no yotei desu
Quero ficar x dias
Ryogaejo wa doko desu ka?
Onde fica o guichê de câmbio
Shinkoku suru mono wa arimasen
Não tenho nada a declarar
Azukarisho o kudasai
Por favor, dê-me o recibo de depósito
Basu (densha) noriba wa doko desuka?
Onde fica a plataforma/paragem de autocarro/comboio?
Kippu uriba wa doko desu ka?
Onde se vendem as passagens?
Toirê wa doko desuka?
Onde fica a casa de banho?
Nihongo wakarimasen
Não entendo japonês
Porutogarugo o hanaseru hito wa imasu ka?
Há alguém que fale português?


Etiqueta no Japão

Os costumes e normas de etiqueta do Japão são diferentes em muitos aspetos, o que tem causado mal-entendidos, equívocos e situações, às vezes, constrangedoras.
Para que os estrangeiros possam conviver de forma tranquila e sem problemas dentro da sociedade japonesa, é preciso aprender e respeitar os costumes e as pessoas.




Também é muito valorizado o respeito aos vizinhos, mantendo um bom relacionamento e cooperação mútua.
O cumprimento é feito através de uma reverência, em que a pessoa se inclina para frente; o respetivo grau de inclinação depende da situação e do grau de relação entre as pessoas envolvidas. Este gesto é chamado "odigi" e significa respeito e afeição. Cumprimentar é um hábito muito apreciado , que os japoneses fazem questão de cultivar.


Etiqueta

Quando falar com outra pessoa, deve sempre tratá-la pelo sobrenome, seguido de "san" ou "sama" (forma cerimoniosa) que, quer dizer, senhor, senhora ou menino/a. Outra forma, só depois da autorização do próprio.
No caso de pessoas cujo nome não saiba, quando pedir alguma informação, deve dizer "sumimasem" (por favor) seguido da pergunta.
Numa empresa, deve-se tratar os superiores pelo título ou cargo, por exemplo: shatyô-sama (Sr. Presidente).
Antes de começar uma refeição, todos dizem "itadakimasu" e ao terminar dizem "gochiso sama". São frases que expressam apreciação e agradecimento pela refeição. Geralmente, os japoneses comem com pauzinhos (hashi ou ohashi).
O correto é segurar o hashi com a mão direita e usar a esquerda para levantar as tigelas de arroz e da sopa para comer, podendo beber a sopa diretamente da tigela.
Já os outros pratos e tigelas ficam sobre a mesa. Quando houver pratos que serão degustados por todos, haverá um talher ou hashi para cada prato, que deverá ser utilizado para servir.
Enquanto estiver a comer o arroz, e quis
er fazer uma pausa, deverá deixar o hashi em cima da tigela na horizontal ou sobre hashioki (descanso de hashi). Não espete o hashi no arroz, o que significaria arroz servido em velório.
Quando os japoneses comem a sopa, é costume fazer barulho com a boca, o que representa apreciação.
Geralmente em restaurantes, antes de se servir, é oferecido um oshibori (toalhinha húmida para limpar as mãos).

Chinelos e sapatos

Ao entrar numa casa típica oriental, deve-se tirar os sapatos à entrada (genkan) e calçar os chinelos próprios para serem usados dentro de casa.Quando se entra numa sala ou quarto de tatami (uma esteira feita de palha e coberta de junco tecido), deve tirar-se os chinelos e deixá-los no corredor. Geralmente, existem chinelos próprios para a casa de banho.
No Japão, é comum proceder-se à troca de cartões de visita (impresso com nome da empresa, cargo, nome, endereço e telefone do portador) quando as pessoas se encontram pela primeira vez. O cartão de visita (meishi) esclarece a posição, status e grupo hierárquico da pessoa dentro da empresa, desempenhando um papel importantíssimo numa sociedade em que o grau hierárquico é muito respeitado.
Qualquer pessoa pode encomendar um meishi da maneira que desejar, já um meishi da empresa deverá incluir o nome da empresa, seguido do cargo, nome, endereço e contacto. Num encontro de negócios, ele possui um papel importante, é imprescindível possuir um meishi, pois poderá ser considerado desrespeitoso e falta de etiqueta não o possuir.
O cartão de visitas, no Japão, possui um papel muito diferente e muito mais importante do que noutros países.
Entrega-se o meishi com as duas mãos, faz-se o mesmo para receber um.
Não se dobra nem se deve escrever no cartão e, se possível, dever-se-á possuir também um "meishi-ire", um porta-cartões. Se não se tiver um, guarda-se o que se recebeu no bolso interno do casaco ou na carteira. Deve-se tentar memorizar o nome, posição e empresa da pessoa.
O meishi é um instrumento importante e também útil para que o seu nome seja lembrado, e também para que não se esqueça com quem esteve.


Quartos

Para dormir, usam colchões estofados e colchas (futon), colocados no chão do quarto. De manhã, são recolhidos, dobrados e guardados no armário, podendo usar-se o mesmo quarto de dormir para sala de jantar ou sala de estar.


Sala de jantar ou sala de estar

Geralmente, é usada uma mesa baixa, com almofadas (zabuton) sentam-se de joelhos, mas também poderão esticar as pernas, por baixo da mesa. No Inverno, existem estas mesas baixas com sistema elétrico especial na parte de baixo (kotatsu), sendo colocado um cobertor por cima do tampo da mesa, mantendo as pessoas aquecidas ao colocarem as pernas por baixo da mesma.



Cartão de visitas



No Japão, é comum proceder-se à troca de cartões de visita (impresso com nome da empresa, cargo, nome, endereço e telefone do portador) quando as pessoas se encontram pela primeira vez. O cartão de visita (meishi) esclarece a posição, status e grupo hierárquico da pessoa dentro da empresa, desempenhando um papel importantíssimo numa sociedade em que o grau hierárquico é muito respeitado.


Qualquer pessoa pode encomendar um meishi da maneira que desejar, já um meishi da empresa deverá incluir o nome da empresa, seguido do cargo, nome, endereço e contacto. Num encontro de negócios, ele possui um papel importante, é imprescindível possuir um meishi, pois poderá ser considerado desrespeitoso e falta de etiqueta não o possuir.
O cartão de visitas, no Japão, possui um papel muito diferente e muito mais importante do que noutros países.
Entrega-se o meishi com as duas mãos, faz-se o mesmo para receber um.
Não se dobra nem se deve escrever no cartão e, se possível, dever-se-á possuir também um "meishi-ire", um porta-cartões. Se não se tiver um, guarda-se o que se recebeu no bolso interno do casaco ou na carteira. Deve-se tentar memorizar o nome, posição e empresa da pessoa.
O meishi é um instrumento importante e também útil para que o seu nome seja lembrado, e também para que não se esqueça com quem esteve.


Banho
A casa japonesa possui um compartimento destinado apenas ao banho de imersão (ofurô). A banheira, quadrada e funda, é onde se despeja a água fria, depois aquecida por um aquecedor especial, a gás ou a eletricidade.
Antes de entrar na banheira, dever-se-á lavar o corpo e somente depois de o enxaguar é que se deve imergir, a água nunca é trocada cada vez que alguém a utiliza, tomando-se por isso, o cuidado de não a sujar, a pensar no próximo que a irá utilizar.



PALAVRAS JAPONESAS DE ORIGEM PORTUGUESA


Devido aos contactos entre os dois povos desde o século XVI, existem algumas palavras japonesas de origem portuguesa. A maior parte destas palavras refere-se a produtos que chegaram pela primeira vez ao Japão através dos comerciantes portugueses.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

AS FESTAS ANUAIS NO JAPÃO



O festival mais importante do Japão é a passagem de um ano e a chegada do novo (O-shogatsu), que os japoneses comemoram com grande fervor.


O período de comemoração é chamado Shogatsu, no seu sentido mais amplo, refere-se ao primeiro mês do ano.

O comércio, todas as empresas e repartições do governo, encerram, durante os três primeiros dias do ano. 

É a ocasião das famílias se reunirem e, por isso, muitas delas vão a casa dos avós, neste feriado. 

A comemoração começa na véspera do Ano Novo. À meia-noite do dia 31 de Dezembro,são ouvidas 108 badaladas (representam os desejos e pecados do homem). A ultima badalada, ocorre á meia noite. O tocar do sino, afasta tudo o que foi nefasto, assim pode-se entrar no novo ano purificado. 

Todos comem massa (que representa uma vida longa), vão para um templo ou santuário local para orar pela boa sorte para o ano que chega, e a casa de parentes e amigos para trocar saudações de Feliz Ano Novo.

No primeiro dia de Janeiro, é servido um pequeno-almoço especial, as pessoas reúnem-se para beber um tipo de saquê, que se acredita garantir uma vida longa; comem um tipo especial de sopa, que contém bolo de arroz glutinoso e, em geral, apagam as lembranças amargas que restam do ano anterior. 

As crianças recebem dinheiro como presente e todos esperam pelos cartões de Ano Novo, que são entregues pela manhã. Decoram-se as entradas das casas, com ramos de pinheiro e grinaldas de palha, que simbolicamente impedem a entrada de qualquer coisa impura.

Festival de Hakata Dontaku em Fukuoka e Kyushu 

O festival Nebuta tem lugar em Aomori todos os anos, de 1 a 7 de Agosto 

Outra das épocas festivas é o O-bon, que ocorre em meados de Agosto. 

Acredita-se que os espíritos das pessoas queridas, que já morreram, voltam aos seus lares, nessa época. Tanto as casas como os túmulos são limpos e é servida uma alimentação especial a estes espíritos. Ocorrem muitos eventos nesta época,,sempre depois do pôr do sol, como os festivais de dança Bon e de fogos de artifício. 

Há um grande número de festivais dedicados especialmente, às crianças.


No dia 3 de Março, comemora-se o festival das Bonecas (Hinamatsuri) dedicado às meninas. colocam nos lares, nesse dia, um mostruário coberto de vermelho, com várias prateleiras que são enfeitadas com muitas e belas bonecas, simbolizando a corte imperial, na Antiguidade. 

Festival Daisairei – Templo Izumo 

Templos e Santuários no feriado de Ano Novo 

Festival Kodomo-no-hi

É o festival dos Meninos (Kodomo-no-hi). Nos jardins, são desfraldadas bandeiras em forma de carpas, cada uma representando um homem da casa.

Festival Tanabata

No dia 7 de Julho, comemora-se o festival da Estrela (Tanabata). Há uma lenda onde dois apaixonados (Orihime a princesa, e Kengyu o pastor), separados pela via-láctea, podem encontrar-se todos os anos nesta noite. Durante os festejos, escrevem-se desejos em tiras de papel e amarram-nos aos bambus. 

Festival Shichi-go-san

Este festival chamado Shichi-go-san, que quer dizer, literalmente, sete-cinco-três, é realizado no dia 15 de Novembro. Nesse dia, as meninas com três ou sete anos e os meninos com cinco, são levados a um templo próximo para orarem pela sua saúde. 

As festas da plantação do arroz 


Há ainda um grande número de festivais locais, que têm lugar durante todo o ano. 

Alguns dos maiores têm atracções especiais que chamam a atenção de milhares de espectadores, como, por exemplo, o Festival Gion em Kyoto, Okunchi em Nagasaki e os Festivais da Neve em Kamakura e em Hokkaido. 

Desde o período Yayoi (cerca de 300 a.C. a 300 d.C.), a agricultura em terras alagadas formou a base para a produção de alimentos no Japão, muitas festividades estão relacionadas com a produção agrícola, em especial, com o cultivo do arroz.

Fogos de artifício junto ao rio Sumida em Tóquio 

Awa Odori – dança bon que tem lugar em Shikoku 

Os rituais xintoístas do Ano Novo eram originalmente festivais nos quais se rezava por uma colheita abundante no ano seguinte. 

Os festivais da plantação de arroz e outros dos arrozais em terra alagada, ainda são realizados no Japão, também envolvem orações por uma boa colheita. 

Meninas vestidas com quimono, com as mangas amarradas às costas com faixas vermelhas, plantam o arroz, enquanto, ao lado, músicos tocam tambores, flautas e sinos. 

A dança tradicionalmente, relacionada com esses festejos evoluiu aos poucos, até se tornar parte do teatro Nô. 

No Outono, são realizados os festivais da colheita, o primeiro arroz colhido é oferecido aos deuses. Nas aldeias rurais, toda a comunidade comemora o festival de Outono, em muitos lugares, carros alegóricos, carregando deuses simbólicos, desfilam pelas ruas.

Mikoshi – Santuários portáteis 

Festival Aoi em Kyoto 

No palácio imperial, o imperador desempenha o papel de presentear os deuses com oferendas de novos grãos e frutos. 

Enquanto são feitos muitos festivais de Primavera, para rezar por uma boa safra, de Outono para dar graças pela colheita, de Verão com o objectivo de repelir as doenças, tais como os festivais Gion em Kyoto em 17 de Julho, famoso pelos 32 carros alegóricos que desfilam pelas ruas e o festival Tenjin em Osaka com um grande número de carros alegóricos com tambores, bonecos e barcos que carregam alegorias coloridas e descem os rios de Osaka. 

O festival Nebuta é realizado no início de Agosto, em Aomori e noutros lugares do nordeste japonês. 

Meninas vestidas para o Hinamatsuri 

Escultura de um polvo na neve – Festival de Neve de Sapporo em Hokkaido 

Festival de Kamakura - Crianças brincam em casas neve 

Outros festivais do Japão é o da Fertilidade. O mais famoso deles é o Kanamara Matsuri, um festival que ocorre no primeiro domingo de Abril, em Kawasaki, na província de Kanagawa, com direito a roupas e música típica, danças e altares enfeitados com uma escultura fálica gigante.

  
Festivais da Fertilidade

Dizem que tudo começou na Era Edo (1604-1868), por causa das prostitutas que faziam orações, pedindo prosperidade nos negócios e proteção das doenças sexualmente transmissíveis. Com o tempo, a celebração passou a atrair também visitantes que rezavam por filhos saudáveis e harmonia no casamento. 






domingo, 7 de maio de 2017

UMA VIAGEM PELO JAPÃO – PERIODO MODERNO


A era Meiji (1868-1912) representa um dos períodos mais notáveis da história das nações.

Sob o reinado do imperador Meiji, o Japão realizou em apenas algumas décadas o que levou séculos para se desenvolver no Ocidente. A criação de uma diferente nação com sociedade, indústrias, instituições políticas modernas , são disso exemplo.

Período Edo 1864-1884

Nos primeiros anos do seu reinado, o imperador Meiji transferiu a capital imperial de Kyoto para Edo, sede do governo feudal anterior. A cidade foi rebatizada de Tóquio, que significa “capital oriental”.. Promulgou uma Constituição, que estabelecia um gabinete e uma legislatura bicameral. Foram abolidas as velhas classes, nas quais a sociedade havia sido dividida durante a era feudal. O país inteiro lançou-se, com energia e entusiasmo, ao estudo e adoção da moderna civilização ocidental.

Imperador Meiji entronizado em 1867 

A restauração Meiji assemelhou-se ao rompimento de um dique atrás do qual se haviam acumulado as energias e forças de séculos.

A onda e o fermento provocados pela súbita libertação dessas energias fizeram-se sentir no exterior. Antes do final do século XIX, o país envolveu-se na guerra Sino-Japonesa de 1894-95, que terminou com a vitória do Japão. Uma das consequências da guerra foi a conquista, por parte do Japão, de Taiwan, na China. Dez anos depois, na Guerra Russo-Japonesa de 1904-05, o Japão saiu vitorioso mais uma vez, conquistando a ilha Sakalina do Sul, que havia sido cedida à Rússia em 1875, em troca das ilhas Kurilas, e teve reconhecido o seu interesse especial na Manchúria. Após ter excluído outras potências de exercer qualquer influência sobre a Coreia, o Japão, primeiro, tornou a Coreia seu protetorado em 1905 e depois anexou-a, em 1910.

 Imperador Meiji (1852-1912), cujo nome era Mutsuhito, subiu ao trono em 1867
Foi o 122º Imperador do Japão

O imperador Meiji, cujo governo ilustrado e construtivo ajudou a conduzir a nação durante as décadas dinâmicas de transformação, morreu em 1912, antes da eclosão da Primeira Guerra Mundial. 

No final da guerra, na qual o Japão entrou sob as cláusulas da Aliança Anglo-Japonesa de 1902, o país foi reconhecido como uma das grandes potências do mundo.

O imperador Taisho, que sucedeu o imperador Meiji, foi sucedido, por seu turno, pelo imperador Hirohito em 1926, e começou a era Showa.

Hirohito, também conhecido como Imperador Showa, foi o 124º imperador do Japão, reinando de 25 de Dezembro de 1926 até sua morte, em 1989 

Essa era iniciou-se em atmosfera promissora. As indústrias da nação continuavam a crescer; a vida política parecia estar bem enraizada no governo parlamentar.

Entretanto, novos fatores começavam a exercer uma influência perturbadora. A depressão mundial desestabilizou a vida económica da nação. Enfraqueceu a confiança do povo nos partidos políticos, após a exposição de uma série de escândalos. Extremistas exploraram a situação e a fação militar aproveitou a oportunidade oferecida pelos acontecimentos do momento.

A influência dos partidos políticos caiu verticalmente. Após o incidente de Lugouqiao, que levou à eclosão da guerra com a China, os partidos foram forçados a unirem-se em torno de uma plataforma única de cooperação no esforço de guerra. No final, foram dissolvidos e em seu lugar foi montado um partido de unidade nacional.

Com as funções da Dieta reduzidas a pouco mais do que as de uma marionete, não poderia haver nenhuma obstrução parlamentar à corrente dos acontecimentos, que, finalmente, levou à eclosão da Guerra do Pacífico, em 1941.

Após o ano de 1945

Em Agosto de 1945, um Japão exausto pela guerra aceitou os termos de rendição das forças aliadas, e, por decreto imperial, o povo depôs as armas. O Japão foi colocado sob controle dos Aliados, em especial dos americanos, por mais de seis anos após a rendição.

Várias reformas políticas e sociais, foram realizadas pelas autoridades da ocupação, comandadas pelo general Douglas MacArthur.

General Mac Arthur com Imperador Hirohito (Setembro 1945) 

A terra cultivável foi redistribuída aos antigos arrendatários. Assegurou-se aos trabalhadores o direito de organizar sindicatos e de fazer greve. Foram dissolvidos os principais zaibatsu (grandes holdings baseadas nos laços familiares). As mulheres conquistaram o direito entre outros de voto. 

Foram garantidos os direitos de reunião, liberdade de opinião e de religião. Em 1947, foi promulgada uma nova constituição liberal.

Em 1951, o Japão assinou o Tratado de Paz de São Francisco, que significou o seu retorno à comunidade de nações, na condição de Estado reformado. Com este tratado, o Japão recuperou o direito de conduzir as relações exteriores, que tinha sido suspenso durante a ocupação.

Uma das tarefas mais imediatas nos anos do pós-guerra foi a reabilitação económica. 
Com o apoio dos Estados Unidos e de outras nações, o Japão foi admitido em várias organizações internacionais, que possibilitaram ao país participar no livre comércio multilateral internacional. Em meados dos anos 60, o Japão tornou-se economicamente forte o bastante para competir, com sucesso, nos mercados livres do mundo.

Junto com a reabilitação da economia, o Japão fez esforços para recuperar a sua posição diplomática internacional. Começando com a sua admissão nas Nações Unidas em 1956, tornou-se um participante cada vez mais ativo nos fóruns internacionais tanto políticos como económicos e sociais. 

Os acordos de segurança com os Estados Unidos, firmados originalmente em 1951, foram revistos em 1960 com o objetivo de os tornar mais recíproco. As indemnizações de guerra haviam sido pagas em meados dos anos 60. Após uma longa série de negociações, o Japão estabeleceu relações formais com a República da Coreia, em 1965.

No dia 1º de Outubro de 1964, na estação de Tóquio às 6 da manhã, foi inaugurado o primeiro comboio-bala que viajou de Tóquio a Osaka em quatro horas, economizando duas horas e meia da viagem de 513 Km. O mais recente modelo leva apenas duas horas e 25 minutos.

Apenas duas décadas após a sua derrota, o Japão havia recuperado quase por completo das ruínas da guerra. Os jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964 simbolizaram a nova confiança do povo japonês e a estatura crescente do país na comunidade internacional.


Desde 1975, o Japão é membro da conferência de cúpula anual sobre economia do grupo das Sete Nações, a ultima reunião do G7 realizada no Japão teve lugar em Ise-Shima, em Maio 2016.(G7, grupo que reúne os 7 países do mundo mais industrializados e desenvolvidos).

Em vista do crescente poder nacional do Japão e das expectativas cada vez maiores de outros países quanto ao seu papel internacional, o governo, a partir de meados dos anos 80, tem adotado uma atitude positiva para com o alargamento da contribuição do Japão à comunidade mundial.

Presentemente, o Japão tem uma população de 127 milhões. Como grande potencia económica, possui a terceira maior economia do mundo, e a quarta maior em poder de compra.

É também o quarto maior exportador, além de ser o único país asiático, membro do G7 . É ainda membro do G20, grupo formado pelas 19 maiores potencias económicas do mundo com a União Europeia.

O Japão, mantêm uma força de segurança, moderna e ampla, utilizada para auto defesa e para funções de manutenção de paz. 

Os japoneses, possuem um padrão de vida muito alto, principalmente na capital.

Japão – Tóquio 









quinta-feira, 4 de maio de 2017

UMA VIAGEM PELO JAPÃO – RESTAURAÇÃO DO PODER IMPERIAL


Por volta do final do século XVIII e início do século XIX, o Japão viveu sob crescente pressão para abrir o seu litoral ao mundo exterior. No país, a rígida estrutura social e política criada por Leyasu começava a sentir a pressão provocada pelos novos tempos.



Tokugawa Yoshinobu 1837

Em 1853, o comodoro Matthew C. Perry, dos Estados Unidos, entrou na baía de Tóquio com uma esquadra de quatro navios. Voltou no ano seguinte e conseguiu persuadir os japoneses a firmar um tratado de amizade com o seu país, o que foi seguido pela assinatura de tratados semelhantes com a Rússia, Inglaterra e os Países Baixos, no mesmo ano, abrindo desse modo, mais uma vez, o Japão à relação com o exterior. Quatro anos depois, esses tratados foram transformados em tratados de comércio, e firmou-se um tratado semelhante com a França.

Tokugawa Yoshinobu 1867

O impacto desses acontecimentos aumentou a pressão das várias correntes sociais e políticas que estavam a minar as bases da estrutura feudal. Houve grande tumulto durante cerca de uma década, até que o sistema feudal do xogunato Tokugawa se desmoronou em 1867 e foi restaurada a plena soberania do imperador, na restauração Meiji de 1868, tendo abdicado em favor do imperador, Tokugawa Yoshinobu, o último dos shoguns.

A apresentação da Constituição Meiji feita pelo imperador Meiji ao primeiro ministro 

Kuroda Kiyotaka, em 1889