segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

O FESTIVAL DE ONBASHIRA


O festival Onbashira é realizado de seis em seis anos para, metaforicamente, revitalizar os santuários de Suwa.
 Este festival histórico é realizado há mais de 1.200 anos no Japão e é feito em duas partes com um mês de duração cada. Uma delas é o Yamadashi, que ocorre em abril, onde vários troncos de árvores muito grandes são derrubadas manualmente com machados no cemitério de um santuário xintoísta. Os troncos são envolvidos e decorados de vermelho e branco,  depois são arrastados ( 6 a 10 kms) até aos santuários xintoístas por grupos de homens que testam a sua coragem num ritual que se chama “kiotoshi” (descer perigosamente as encostas íngremes das montanhas montados nos troncos).


O outro segmento é o Satokibi, realizado em maio, quando os troncos são usados como estruturas de sustentação simbólicas. São erguidos manualmente nos santuários, enquanto um homem se senta no seu topo e canta. 
 Quando o tronco é erguido completamente o homem no topo é balançado no ar a muitos metros do chão, nesse momento é declarado o sucesso da empreitada. É um espetáculo extraordinário.




sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

SAMURAIS – ALGUMAS CURIOSIDADES


Os samurais são guerreiros lendários, que até hoje causam fascínio são possivelmente, a classe mais conhecida do Japão antigo. Esses lutadores nobres que empunhavam as suas espadas e tinham armaduras incríveis, seguiam um rigoroso código moral que regia a sua vida inteira.
Existiam muitos fatores que fizeram com que esses guerreiros se sobressaíssem na história mundial. Enunciamos algumas caraterísticas e curiosidades sobre eles que são poucos conhecidas.


Armadura

Imponentes e cheias de detalhes, as armaduras dos samurais eram fascinantes. Ao contrário daquelas usadas pelos cavaleiros europeus, as dos guerreiros japoneses sempre prezavam pela mobilidade.
Uma boa armadura tinha de ser resistente, mas flexível o suficiente para a sua livre circulação no campo de batalha. Eram feitas de placas de couro e metal pintadas, cuidadosamente unidas por laços de couro ou seda. Os braços e ombros eram protegidos por grandes escudos retangulares.

A parte mais peculiar da armadura, o capacete kabuto, tinha a cúpula feita de placas de metal rebitadas, enquanto a parte do rosto e testa eram protegidos por uma mascara resistente que era amarrada atrás da cabeça e sob o capacete.


Samurai Forasteiro

No filme “O Último Samurai” com o ator Tom Cruise, retrata-se a história de que, em circunstâncias especiais, alguém fora do Japão poderia lutar ao lado de um samurai e até mesmo se tornar um deles. Na realidade, essa prática existia, mas só podia ser concedida por lideres poderosos, como os daimyos (senhores territoriais) ou shoguns (lideres guerreiros).



Educação e aparência física

Com a nobreza essencial da época, os membros das classes samurais, eram muito mais do que meros guerreiros. A maioria deles era muito bem educado e o nível de alfabetização extremamente alto.
No que diz respeito á preparação física, acreditava-se que eram fortes e grandes, devido à impressão que a armadura causava, entretanto, a maioria dos samurais, eram compostos por homens pequenos, sendo que um guerreiro do século XVI era geralmente muito magro e baixo com uma altura entre 1,60 a 1,65 metros. Para o efeito de comparação, os cavaleiros europeus do mesmo período variavam entre 1,80 a 1,96 de altura.


Ritual suicida

Uma das curiosidades mais estranhas nas trajetórias dos samurais é o seppuku, também conhecido por “hara-kiri”. A expressão era dada ao suicídio (na verdade era mais como uma morte consentida) que um samurai deveria executar se ele não seguisse o bushido (código de conduta da classe) ou se estivesse em vias de ser capturado por inimigos. Apesar da situação do guerreiro, o ato era considerado uma forma honrosa de morrer.

Existem algumas versões destes suicídios, sendo que uma delas era do “campo de batalha”. Nesta, o suicida perfurava o seu estômago com uma lâmina curta, movendo-a da esquerda para a direita, até que ficasse todo cortado e estripado. Neste ponto, um “assistente”, geralmente um amigo, terminava o serviço, decapitando-o com uma espada (caso contrário, morrer seria um processo extremamente longo e doloroso).

Além desta versão, existe aquela que envolvia um ritual muito mais longo e elaborado. Esta iniciava-se com um banho cerimonial. Em seguida, o samurai era vestido com roupas brancas e servido com a sua refeição favorita. Feito isso, deveria escrever um poema de morte onde expressava as suas palavras finais. Mais uma vez, um assistente entrava em acção e cortava-lhe a cabeça.