terça-feira, 21 de janeiro de 2020

CÓDIGO DE HONRA DO SAMURAI



Eu não tenho pais, faço do céu e da terra os meus pais.
Eu não tenho casa, faço do mundo a minha casa.
Eu não tenho poder divino, faço da honestidade o meu poder divino.
Eu não tenho pretensões, faço da minha disciplina a minha pretensão.

Eu não tenho poderes mágicos, faço da personalidade os meus poderes mágicos.

Eu não tenho vida ou morte, faço das duas uma, tenho vida e morte.
Eu não tenho visão, faço da luz do trovão a minha visão.

Eu não tenho audição, faço da sensibilidade os meus ouvidos.
Eu não tenho língua, faço da prontidão a minha língua.

Eu não tenho leis, faço da auto-defesa a minha lei.

Eu não tenho estratégia, faço do direito de matar e do direito de salvar vidas a minha estratégia.

Eu não tenho projetos, faço do apego às oportunidades os meus projetos.


Eu não tenho princípios, faço da adaptação a todas as circunstâncias o meu princípio.

Eu não tenho táticas, faço da escassez e da abundância a minha tática.

Eu não tenho talentos, faço da minha imaginação os meus talentos.

Eu não tenho amigos, faço da minha mente a minha única amiga.



 Eu não tenho inimigos, faço do descuido o meu inimigo.

Eu não tenho armadura, faço da benevolência a minha armadura.

Eu não tenho espada, faço da perseverança a minha espada.

Eu não tenho castelo, faço do caráter o meu castelo.







quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

GUEIXA - A EXCÊNTRICA MAQUILHAGEM ARTÍSTICA



A maquilhagem artísticas das Gueixas e Maikos são caracterizadas por uma pele de cor branca como a neve, e detalhes nos olhos e sobrancelhas em preto e vermelho, a boca em forma de coração vermelho carmim e o cabelo alto e duro com laquê.
É impossível ver uma maquilhagem assim e instantaneamente não a associar à sua imagem. Mas qual a origem e de onde surgiu essa maquilhagem com um estilo tão exótico, misterioso e tão diferente dos padrões ocidentais?

Segundo contam, esse tipo de maquilhagem era feito apenas pelas damas da corte japonesa durante o Período Heian (794-1185 dC), numa época em que a China exercia forte influência cultural no Japão.
As mulheres daquela época, nos dias de hoje em determinadas situações, usavam pó de farinha de arroz ou um pó à base de chumbo misturado com água. Ficava uma pasta fina que, aplicavam na pele como se fosse uma base, no rosto todo, pescoço e colo.

Tinham o hábito também de arrancar todos os pelos das sobrancelhas. Depois de aplicarem a pasta branca no rosto, faziam sobrancelhas falsas no alto da testa.
Tinham também um hábito, para nós estranho, chamado Ohaguro que, consistia em escurecer os dentes com uma mistura de limalha de ferro oxidado mergulhada numa solução ácida. A aplicação desta mistura era repetida a cada dois dias, caso contrário, os dentes voltariam a ser branco.

Esse hábito durou até à era Meiji. Hoje em dia quase não é usado, a não ser por atores kabuki, em peças teatrais ou pelas maikos durante o treino para se tornarem numa gueixa. Normalmente, utilizam-no apenas durante uma semana antes de se tornarem geikos.
Nos primeiros anos de carreira, as gueixas adotam maquilhagem, penteados e quimonos exuberantes. Mas após três anos, a maquilhagem torna-se mais leve e o penteado é muitas vezes apenas um coque simples. A razão é que a sua “beleza” está agora na sua maturidade e arte (GEI) ao inverso da sua aparência.
Para ocasiões formais e danças, porém, ela usa uma peruca (katsura) e uma maquilhagem mais pesada, cuja aplicação é um processo demorado e complicado. Primeiro é aplicado sobre a pele um óleo chamado bintsuke-abura para que o pó branco tenha maior fixação na pele do colo, pescoço e rosto.

A nuca (komata) é a parte do corpo considerado sexy numa gueixa. Apesar do rosto e pescoço serem pintados de branco, é comum a gueixa deixar na nuca, uma zona com a forma de “W” sem pintura para destacar a sensualidade desta área. Em ocasiões especiais, em vez de “W”, deixam um formato parecido com um “VVV”.
O próximo passo é a pintura nos olhos e sobrancelhas. É preciso muito cuidado e precisão, pois um erro fará com que o processo tenha que ser reiniciado desde o princípio.

As sobrancelhas são desenhadas em preto com um toque de vermelho. Antigamente usavam carvão para escurecê-los, mas hoje existem cosméticos específicos.
De seguida, a gueixa pinta os olhos com vermelho e preto. A quantidade de vermelho no olho começa a diminuir durante a transição de uma maiko para gueixa. Ou seja, quanto mais experiência for ganhando, menos vermelho terá nos olhos, até que se torne mínimo ou seja excluído da maquilhagem.

Por último, a gueixa pinta os lábios com um pequeno pincel. Tradicionalmente usam uma tinta extraída a partir de uma flor (benibana, cártamo) misturada com água e coberto com açúcar cristalizado para dar brilho.

Pode não parecer, mas na verdade muitas coisas mudaram na caracterização das gueixas comparando o tempo antigo com os dias de hoje. Os kimonos que usavam eram de tons mais sombrios e a maquilhagem era mais pesada e carregada. Hoje em dia, a maquilhagem e os trajes das gueixas ganharam um ar mais “cool” e leve, sem perder suas raízes tradicionais. Afinal ser gueixa é uma arte.



domingo, 5 de janeiro de 2020

ZODIAGO - 2020 ANO DO RATO NO JAPÃO (NEZUMI)


2020 é o ano do nezumi (rato). De acordo com o zodíaco japonês, conhecido como 
juunishi, 13 animais receberam um pedido de um buda para beneficiar todos os seres.
Segundo a tradição japonesa a ordem dos signos é de acordo com a chegada de cada um para atravessar um rio. O rato e o gato pediram boleia nas costas do boi (que estava  primeiro) para atravessar um rio perto da chegada.
No entanto, o nezumi (rato) empurrou o neko (gato) na água para se salvar, já que o felino queria comê-lo.

Quando chegou ao outro lado, correu na e chegou primeiro. Portanto, são 12 signos para cada ciclo de 12 anos e o último ano do rato foi em 2008.
Quando alguém completa 60 anos no Japão quer dizer que passou por todos os signos fazendo kanreki,  é um aniversário especial e  o ano de mais sorte na vida dessa pessoa.
Os anos que equivaleram ao nezumi até agora: 1924, 1936, 1948, 1960, 1972, 1984, 1996, 2008 e 2020.
O rato é carismático, sensível, intelectual, sociável, artístico, intenso e meticuloso. Sob aspecto negativo pode ser manipulador, crítico, ambicioso, rude e intolerante.
Quem nasce sob influência do nezumi persegue os seus objetivos com todas as forças, são pessoas charmosas e respeitosas.
O ano do rato promete prosperidade, sucesso pessoal e profissional e será propício para lidar com questões de dinheiro. Um bom momento para economizar e investir.
Além disso, favorece recomeços, será cheio de oportunidades e amor. No entanto, será preciso ficar atento com o controle da raiva também, já que o Ne é explosivo.