sexta-feira, 2 de abril de 2021

O AIKIDO - A VIA DA HARMONIA DO ESPIRÍTO

 


Mestre Morihei Ueshiba, nasceu em Tanabe (Prefeitura de Wakayama), a 14 de dezembro de 1883 e faleceu a 26 de Abril de 1969. Foi o único rapaz dos 5 filhos de Yoroku e Yuki Ueshiba.

O seu corpo não era o de um atleta, mas sim magro e pequeno, com 1,54m de altura, teve que se esforçar com constantes exercícios físicos, de modo a obter um corpo são e vigoroso. Mais tarde, todo esse esforço foi compensado, tornando-o um homem respeitado, também pela sua força física.

Desde tenra idade é atraído pela religião. Estuda o chinês e a religião budista sob a direção dum sacerdote shingon. Manifesta um grande interesse pela oração e pela meditação.

Em 1901, instala-se em Tokyo, funda uma livraria de venda de rua e à noite estuda o jiu-jitsu, sob orientação de Tokusaburo Tozawa na escola Kito-ryu e o Ken-jitsu (arte do sabre e da esgrima japonesa), na escola de Shinkage, na cidade de Sakai. Paralelamente, pratica o Ken-Jutsu (sabre) num dojo de “Shinkage Ryu”.

O jiu jutsu, uma arte marcial que não se popularizou mais, porque era ensinada em segredo no seio das famílias da nobreza guerreira.

A família Takeda, foi uma das suas depositárias e só nos primórdios do século XX é que o último sobrevivente desta linhagem, Takeda Sokaku, deixou que se divulgasse discretamente o seu ensino.

Com vinte anos, alista-se no exército (37º regimento da 4ª divisão de Osaka), participando na guerra Russo-Japonesa, deixa o exército no ano de 1906, para se juntar à família em Tanabe.

Em 1912, Ueshiba, instalasse na ilha Hokkaido, onde encontra o mestre Sokaku Takeda, da escola Daito Ryu, convidando-o a permanecer na sua casa e torna-se seu discípulo.

Em 1920, após o falecimento do pai, vai para Ayabe estudar sob a direção do Mestre Deguchi.

Em 1924, Ueshiba segue o mestre Deguchi até à Mongólia, para fundarem uma comunidade utópica para o amor e a fraternidade universal, segundo os princípios do Omoto Kyo. Pouco depois são presos durante alguns meses, a mando do governo chines, é graças à intervenção do governo japonês que escaparam ao fuzilamento. É neste período que, Morihei Ueshiba, entende que o verdadeiro Budo, não é vencer um adversário pela força, mas guardar a paz neste mundo, anuindo e favorecendo o desenvolvimento de todos os seres.

O Aikido nasceu no ano de 1925, fruto de todas as vivências e experiências espirituais e em 1926 passou a ser respeitado pelos seus pares, políticos e militares.

Aikijutsu significa a arte da harmonização das energias. Há quem diga que é o pai do Aikido.

Os alunos que com ele treinavam, adquiriram grandes conhecimentos técnicos e compreenderam qual era o espírito das Artes. A vitalidade e o esforço estavam na ordem do dia, naquele Dojo, às cinco da manhã, levantavam-se e limpavam o Dojo, treinando até altas horas da madrugada, tendo a seu cargo cuidar do Mestre.

Alguns deles, mais tarde, foram enviados pelo Mestre para ensinar a sua Arte noutras terras.


Em 1931, vai para Tokyo e instala-se num dojo, construído de raiz, no bairro em Wakamatsucho, conhecido como Kobukan.

Em 1942, durante a época da guerra, sai da cidade e instala-se na aldeia de Iwama (a 120 km de Tokyo) para aí viver e praticar a sua arte. Ainda hoje, se pode visitar o santuário do Aikido (Aiki Jinja).

Quando a guerra terminou, a prática de todas as artes marciais foi proibida pelos americanos. Em 1948, concederam uma autorização especial à escola Aikikai, permitindo a abertura dos dojos e o regresso aos treinos, atendendo ao facto de que esta prática conter uma mensagem de paz.

A partir dessa altura houve um aumento significativo no número de alunos que seguiam o mestre.

Quando se dá o falecimento do mestre Morihei Ueshiba, o Aikidô já se encontra difundido pelos cincos continentes.

“Não transformeis a prática do Aikido num absurdo teste de força”, dizia Morihei Ueshiba.



O SIGNIFICADO DOS NÚMEROS NO JAPÃO

 


Os Japoneses são famosos por acreditarem que alguns números têm um significado maléfico e noutras superstições. Vejamos algumas:

O número 4 ( 四 ), mais famoso e conhecido, por ter a mesma pronúncia da palavra "morte" que em japonês é (Shi=morte).

O número 7 ( 七 ), que em algumas culturas é um número da sorte, no Japão é odiado. A sua leitura “Shichi” faz lembrar a loja de penhores (“Shichiya”).

O número 8 ( 八 ), já possui a sorte na sua escrita em Kanji ( caracteres da língua japonesa adquiridos a partir de caracteres chineses), da época da Dinastia Han, que se utilizam para escrever japonês) as duas retas que se abrem por baixo do ideograma (八 = Hachi) representam a “abertura da sorte" na China. O Japão aderiu também a esta superstição.
Se observarmos bem os carros no Japão, perceberemos que muitos usam a matrícula com número “8888”, para dar mais sorte.

O número 9 ( 九 ) , tem na sua pronúncia KU que pode soar como sofrimento, dor (苦) e ainda com algo obscuro (preto – kuro).

O número 43 ( 四十三 ) , a pronúncia shisan é semelhante ao nascimento dos mortos shizan (死産).

O número 42 ( 四十二 ) , que indica até a morte (死に – shini).

O número 49 ( 四十九 ), que tem uma prenuncia parecida com atropelar (敷く – shiku).

A 1 e 15 do calendário lunar, não se devem ter relações sexuais;

Quando estão 3 pessoas numa foto, dizem que a que aparece no meio morre primeiro;

Nunca passe comida de seu hashi para o prato de outra pessoa e nem fique batendo o hashi no prato. Isso também e feito no funeral;


Se o geta (calçado de madeira japonês) se partir no meio é sinal de má sorte;

 Furar a comida com hashi (pauzinhos) e deixá-los em pé, dá azar. Por que eles fazem isso com os mortos;

Cortar as unhas de noite, dizem que também atrai a morte;

Estrear sapatos novos à noite da má sorte;


Algumas superstições que entendem ser benéficas

Quem escuta música clássica quando criança vira um gênio;

Um bom presságio é um passarinho defecar em sua cabeça;

Se encontrar uma pele de cobra durante um passeio no campo, guarde na carteira. Traz sorte e fortuna;
Se comer mochi (bolinhos de massa de arroz) ou osechi ryori (prato especial de ano novo) no ano novo, terá longevidade