terça-feira, 25 de dezembro de 2018

HISTÓRIAS E LENDAS DOS VELHOS MONGES GUERREIROS (6)






 A vida é curta demais e, muitas vezes, passa despercebida; o medo de muitos é chegar aos 80 anos, olhar para o passado e chegar à triste conclusão que viveu muito pouco e que deixou passar a vida ao lado; que não viveu cada dia da melhor maneira possível, que não tentou ser o mais feliz possível, que não foi à procura dos sonhos e não tentou concretizá-los.

Existem muitas pessoas que, aos 80 anos olham para ontem e choram, porque foram toda a vida escravos. Escravos do tempo, do dinheiro, do trabalho, de tantas coisas que acabaram por se esquecer de viver a Vida.



sábado, 15 de dezembro de 2018

PEARL HARBOR-OFENSIVA JAPONESA CONTRA OS E.U.A. - 2ª GUERRA MUNDIAL


O ataque  a Pearl Harbor, ocorrido em 1941, representou a ofensiva do Japão contra os Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


O nome está relacionado com a base atacada que se chamava  Pearl Harbor. Estava localizada no Havaí, no Oceano Pacífico.


O documento que declarou a guerra aos nipônicos foi assinado pelo Presidente dos Estados Unidos, Franklin Rooseveld, no dia seguinte ao ataque aeronaval.

Franklin Rooseveld - Presidente EUA

A Alemanha e a Itália, que estavam ao lado do Japão, deram apoio e também declararam guerra aos Estados Unidos.
Na manhã do dia 7 de dezembro de 1941 o Japão resolve atacar a base naval dos Estados Unidos de surpresa, ou seja, sem nenhuma declaração de guerra.
Chuichi Nagumo, almirante da Marinha Imperial do Japão, foi quem comandou o ataque.


Tanto os Estados Unidos quanto o Japão, já disputavam a hegemonia do continente asiático. Insatisfeito com a intromissão  e a expansão do imperialismo norte-americano, o Japão resolve atacar os Estados Unidos.

Chuichi Nagumo-Almirante da marinha Imperial Japonesa

Na época, o Japão estava a expandir-se rapidamente, travando guerra com diversos países da Ásia, como a China (1894-95); e da Europa, por exemplo, a Rússia (1904-05).
Por esse motivo, os Estados Unidos resolveram bloquear o abastecimento de produtos essenciais para o Japão, estacando também a exportação do petróleo. A resposta do império nipônico foi um ataque surpresa composto por mais de 350 aviões.


Esse ataque, para os americanos, resultou na morte de aproximadamente 2400 militares, 70 civis e 1170 feridos.
Foram ainda destruídos, 11 navios e 188 aviões da base americana. Do lado japonês cerca de 30 aviões foram destruídos, 74 danificados e 5 submarinos perdidos.
A resposta americana ao ataque de Pearl Harbor foi declarar guerra ao Japão. Em 1945, os Estados Unidos lançou a Bomba Atómica  nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Esse acontecimento pôs fim à Segunda Guerra Mundial



Bombas Atómicas

domingo, 9 de dezembro de 2018

ESPADAS JAPONESAS RARAS


Duas espadas raras e únicas foram encontradas num túnel subterrâneo, com 1.500 anos, no sul de Kyushu, no Japão. Uma delas é a espada mais comprida que se conhece, e foi  encontrada numa antiga sepultura japonesa, enquanto a outra tem um punho coberto com a pele de uma raia - o item decorado com raios mais antigo encontrado no leste da Ásia.
O Asahi Shimbun( um dos cinco maiores jornais japoneses) relata que as espadas foram encontradas ao lado de dois conjuntos de restos de esqueletos, armaduras, armas e arreios de cavalos num túmulo do início do século VI no distrito de Shimauchi, no sul de Kyushu, que foi escavado entre 2014 e 2015.
De acordo com a história japonesa, as sepulturas subterrâneas em túneis eram um tipo de prática funerária exclusiva do período Kofun na história do Japão (250 a 538 DC). Eram câmaras de pedra no topo de montes ,construídos no chão, os corpos entravam pelo lado através de um túnel chamado yokoana chamber. Os interiores eram geralmente simples, mas os indivíduos enterrados no interior eram frequentemente encontrados acompanhados de preciosos tesouros e bens preciosos.

Uma sepultura subterrânea num túnel com a cobertura de terra removida na prefeitura de Nara, Japão
 Depois de recuperadas da sepultura, as espadas foram para o Instituto Gangoji (Instituto de Pesquisa da Propriedade Cultural em Nara), para análise científica e trabalho de conservação. O Instituto revelou que a espada longa tinha um punho de madeira e um tecido precioso cobrindo a abertura da bainha, conhecida como tate nishiki, um tecido com padrão de cobra. A espada tem 142 centímetros de comprimento, mas teria cerca de 150 centímetros originalmente. Esta é a mais longa espada já recuperada de um antigo túmulo no Japão.
Acredita-se que a espada tenha sido um presente para o rei Yamato, que governou a antiga província de Yamato, atual provincia de Nara, durante o período de 250 a 710 DC.
Uma espada e uma bainha encontradas em Ebino, na província de Miyazaki, teriam originalmente cerca de 150 centímetros de comprimento. 
A segunda espada tem cerca de 85 centímetros de comprimento e tem um punho decorado de prata ,coberto de pele de raia. De acordo com historiadores, o Japão foi um dos primeiros países a utilizar a pele de raia para o empunhamento de espadas. É um material ideal para usar porque é extraordinariamente forte e resistente a ser perfurado, queimado ou rasgado.Também é à prova de água. Os guerreiros samurai frequentemente usavam pele de raia nos seus cabos, bem como nas suas armaduras. Pesquisadores disseram que a espada recentemente descoberta é o mais antigo exemplo conhecido de pele de raia no punho da espada no leste da Ásia.


Envolvimento de couro de raia no punho de uma espada japonesa Katana. A pele do raia tem uma textura áspera abaixo do envolvimento do cordão 

A decoração no cabo de uma espada escavada de uma sepultura antiga em Ebino, na província de Miyazaki, é considerada o exemplo mais antigo de artefato de pele de raia já encontrado no leste da Ásia.



sábado, 1 de dezembro de 2018

KAMIKAZE - OS VENTOS DIVINOS QUE SALVARAM O JAPÃO


Durante o século XIII, os mongóis, liderados por Kublai Khan, neto de Genghis Khan, tentaram duas grandes invasões ao Japão em 1274 e 1281 DC. No entanto, em ambas as ocasiões, um tufão em massa (ciclone tropical) obliterou a frota mongol, forçando os atacantes a abandonar os seus planos e, por sorte, salvar o Japão da conquista estrangeira.  Os japoneses acreditavam que os tufões haviam sido enviados por deuses para protegê-los dos seus inimigos e chamavam-lhe de Kamikaze ("vento divino").
Após a conquista da China em 1230 e da Coréia em 1231, Kublai Khan tornou-se o primeiro imperador da Mongólia e  renomeou-a como Dinastia Yuan, significando "primeiro começo". O Japão estava a apenas 100 milhas de distância e temia uma invasão, e  tinham razão para isso. Entre 1267 e 1274, Kublai Khan enviou numerosas mensagens ao imperador do Japão exigindo que se submetesse aos mongóis ou enfrentasse invasões. No entanto, os mensageiros foram bloqueados pelo shogun japonês, o verdadeiro poder por trás do trono, e nunca chegaram ao imperador.
Kublai Khan ficou furioso por nunca ter recebido uma resposta do imperador, a quem ele se referiu como "governante de um pequeno país", e prometeu invadir o Japão. Os mongóis começaram a trabalhar na construção de uma enorme frota de navios de guerra e recrutaram milhares de guerreiros da China e da Coréia.


A primeira invasão mongol do Japão

No outono de 1274, os mongóis iniciaram a sua primeira invasão ao Japão, que ficou conhecida como a Batalha de Bun'ei. Estima-se que entre 500 a 900 navios e 40.000 guerreiros, a maioria de etnia chinesa e coreana, chegaram às margens da baía de Hakata, onde as duas forças se encontraram. Os mongóis devastaram as forças japonesas que começaram a recuar. No entanto, temendo que os japoneses se preparassem para voltar com reforços, os mongóis recuaram para os seus navios. Naquela noite, o tufão atingiu os navios ancorados na baía de Hakata. Ao amanhecer, apenas alguns navios permaneceram. O resto foi destruído, levando a vida de milhares de mongóis com eles.


A segunda invasão Mongol ao Japão

Os mongóis em 1274, estavam ainda mais determinados do que nunca a conquistar o Japão.  Trabalharam duramente para reconstruir uma nova frota e recrutaram um número maior de guerreiros. Enquanto isso, o Japão construiu muros de dois metros de altura para se proteger de futuros ataques.
Sete anos depois, os mongóis retornaram com uma enorme frota de 4.400 navios e um número estimado de 70.000 a 140.000 soldados. Um conjunto de forças partiu da Coréia, enquanto outro zarpou do sul da China, convergindo perto da Baía de Hakata em agosto de 1281. Incapaz de encontrar praias de desembarque adequadas devido às muralhas, a frota permaneceu a flutuar durante meses esgotando os seus suprimentos.  A 15 de agosto, os mongóis prepararam-se para lançar o ataque às forças japonesas muito menores que defendiam a ilha. No entanto, mais uma vez, um enorme tufão atingiu-os, destruindo a frota mongol e mais uma vez frustrando a tentativa de invasão.

A Segunda Invasão Mongol do Japão - os mongóis que sobreviveram ao tufão foram massacrados por guerreiros samurais japoneses à beira da água.
Relatos japoneses contemporâneos indicam que mais de 4.000 navios foram destruídos e 80% dos soldados afogaram-se ou foram mortos por samurais nas praias, o que se tornou uma das maiores e mais desastrosas tentativas de uma invasão naval da história. Os mongóis nunca mais atacaram o Japão.

Raijin e o vento divino

Segundo uma lenda japonesa, o Kamikaze (vento divino) foi criado por Raijin, deus do raio, trovão e tempestades, para proteger o Japão contra os mongóis. Uma das mais antigas divindades japonesas, Raijin é um deus xintoísta original, também conhecido como kaminari (de kami "espírito" ou "divindade" e "trovão nari"). É tipicamente descrito como um espírito de aparência demoníaca batendo tambores para criar o trovão Outra teoria da lenda, diz que os tufões Kamikaze foram criados por Fujin (o deus do vento).

Fūjin-raijin-zu por TawarayaSōtatsu. Raijin é mostrado à esquerda e Fujin à direita.
Kamikase como metáfora

Como muitos sabem, o termo "kamikaze" foi usado mais tarde na Segunda Guerra Mundial para se referir aos pilotos suicidas japoneses que deliberadamente derrubaram os seus aviões em alvos inimigos, geralmente navios. A metáfora significava que os pilotos seriam o "vento divino" que mais uma vez varreria o inimigo dos mares. Os pilotos kamikazes causaram muitos danos à frota dos EUA.  O movimento kamikaze evoluiu do desespero quando se tornou evidente que o Japão iria perder a guerra. A palavra "kamikaze" foi incorporada ao uso diário do inglês para se referir a alguém que assume grande risco com pouca preocupação com a sua própria segurança.

Piloto Kamikaze japonês.
Considerando o momento dos dois tufões, que coincidiram exatamente com as duas tentativas de invasão do Japão, é fácil entender porque essas tempestades gigantescas eram vistas como presentes dos deuses. Se não fosse pelos dois tufões “kamikaze”, é muito provável que o Japão tivesse sido conquistado pelos mongóis, criando o que teria sido um futuro muito diferente.