terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

HISTÓRIAS E LENDAS DOS VELHOS MONGES GUERREIROS (4)






A teia de aranha é feita de fios de seda delicados e basta um sopro para a destruir. No entanto, para a aranha, é um refúgio seguro.

Mas, para mim, é apenas uma teia de aranha.
Quando o vento sopra, a pena flutua à sua passagem... A pena, muito mais fraca que o vento, tem de se lhe submeter.
Será esse o destino dos homens, mestre? Há os fortes...os fracos...
Ainda não percebeste. O que é mais forte? Estas tábuas de madeira ou o teu braço?
As tábuas. Desfere um golpe contra elas, usando o teu braço como arma. Embora ofereçam resistência, cederão.
Pode, então, o mais fraco tornar-se o mais forte? Encara a vida como um rio. O homem que se deixa levar, tem o caminho facilitado. Mas, o mesmo homem, se luta contra a corrente, ficará exausto. Para se ser um uno com o Universo, é preciso que cada qual descubra o seu caminho e o siga.”






“Um certo senhor, que estudava Zen com Bankei, era jovem e apreciador de artes marciais. Um dia, decidiu pôr à prova a coragem do mestre, atacando-o desprevenidamente, com uma lança, quando este estava sentado, sossegado. Mas o mestre Bankei desviou calmamente o golpe com o seu rosário. Depois, disse ao senhor: A tua técnica ainda é imatura; pois a tua mente moveu-se primeiro.”







Por que hesitas?

- Tenho medo, mestre.

- O que é que receias?

- Não sei o que está do outro lado.

- É apenas um corredor que conduz a um local que já não é usado.

- E isso é para recear?

- Está muito escuro, mestre.

- Também não está escuro no teu quarto? E lá, também tens medo? Talvez exista uma razão maior para o teu medo.

- Mestre, antes de vir para cá, um rapaz na praça do mercado falou-me de um corredor da morte. Disse que o lugar guardava os ossos de muitos que lá entravam.

- O que te tenho dito eu? Que a vida é um corredor e a morte apenas a porta.”






sábado, 24 de fevereiro de 2018

FRUTAS JAPONESAS

Kyoho é um tipo de uva cultivada desde 1937 no Japão - cruzamento as espécies Ishiharawase e Centennial

O Japão tem muitos alimentos diferentes dos que estamos acostumados a ver no nosso dia-a-dia. E apesar de haver muito pouca terra destinada à agricultura, o país é um excelente produtor das mais variadas frutas. Porém, algumas das mais exóticas não são facilmente encontradas fora do Japão ou do continente asiático.
 Os japoneses dão muito valor aos  alimentos sazonais, incluindo as frutas que são de ótima qualidade. Existe um costume que é viajar para os pomares, localizados em áreas afastadas dos centros, para adquirir frutas frescas. 
Conheça, agora, 15 frutas que  poderá ter a oportunidade de experimentar no Japão.


1- Ume - Ameixa Japonesa

Ume são ameixas japonesas conhecidas pelo seu sabor único e azedo. Normalmente não são consumidas au natural, mas sim em  conservas, conhecidas como Umeboshi.  São,também utilizadas como ingrediente na confecção de muitos alimentos e bebidas. As Umes florescem na Primavera  e são conhecidas pelo seu aroma e beleza. Já o ume é colhido no verão,  entre os meses de junho e julho.



2- Santonishiki - Cereja japonesa

Existem uma grande variedade de cerejeirasno Japão,  no entanto, a maioria delas não produzem frutos, apenas flores. Mas existe um tipo de cereja que floresce no Japão chamada de Satonishiki. É uma cereja pequena, vermelha brilhante que floresce no início do verão, entre os meses de maio e JulhoTal como acontece com muitas frutas japonesas, o Satonishiki é considerado um alimento de luxo devido à sua qualidade insuperável. O Satonishiki pode ser encontrados nos supermercados no Japão a um preço razoável.

3- Yuzu - fruta citrica
Yuzu é uma fruta cítrica japonesa com um gosto amargo. Possui pele verde e esburacada que vai ficando amarela à medida que amadurece. Raramente é consumido na sua forma natural,  mas a sua casca e sumo são ingredientes utilizados em alimentos e bebidas. São encontrados durante o outono, mais especificamente entre os meses de
Novembro e Dezembro.

4- Kyoho - Uva gigante da montanha
São uvas grandes e sumarentas, roxa escura e cascas grossas. O sabor do Kyoho é agradável e leve. A casca geralmente não é consumida e a sua polpa possui alto teor de açúcar e acidez moderada. As uvas kyoho foram produzidos pela primeira vez em 1937, em Shizuoka. A temporada da colheita é entre setembro e dezembro.


5 - Daidai - Laranja amarga japonesa

O Daidai é um tipo de laranja amarga japonesa cujo nome significa “várias gerações”. Esta fruta pode ficar na árvore durante muitos anos.  Amadurece no inverno e volta a ficar verde no verão. É um símbolo de longevidade  no Japão e muito utilizada nas decorações do Ano Novo.



6 - Sudachi
Sudachi é uma pequena fruta cítrica japonesa verde que tem um gosto azedo. Raramente são consumidos na sua forma natural, porém são muito utilizados como ingredientes na culinária japonesa. É cultivado especialmente na província de Tokushima e a colheita é feita nos meses de outubro e novembro.



7-  
Akebi
O Akebi é uma fruta de casca roxa e ligeiramente amarga, parecido com uma berinjela. Já o interior da fruta é branca de textura leitosa, lembrando a lichia. Essa fruta é originária da região de Tohoku e consumido de diversas formas. As suas folhas também são utilizadas em chás e artesanato.



8 - Dekopon
Dekopon é uma fruta híbrida entre Kiyomi e ponkan, desenvolvido no Japão em 1972. O Dekopon é cultivado especialmente nas províncias de Kumamoto e Ehime e caracteriza-se por uma saliência na parte superior da fruta. O  sabor é doce e o seu tamanho é grande quando comparado a uma laranja.A colheita é feita  durante o inverno, entre os meses de dezembro e fevereiro.


9 - Biwa - Nêspera japonesa
Originário da China, o biwa hoje é cultivado no sul da Europa e do Oriente Médio também. Acredita-se que o biwa e as folhas das suas árvores podem curar várias doenças, devido ao seu grande valor nutricional. A temporada de colheita de biwa é no início do verão, entre os meses de maio e junho.



10 -  Hyuganatsu
O Hyuganatsu é mais uma das frutas cítricas encontradas no Japão. O nome vem de “Hyuga”, o antigo nome da província de Miyazaki, em Kyushu, onde a fruta teria sido visto pela primeira vez no ano de 1820 e “Natsu” significa verão. Acredita-se que o Hyuganatsu seja um híbrido natural de yuzu e pomelo.
A casca da fruta é amarela e sua carne é suculenta e doce, com um sabor levemente azedo. Costuma-se comer a fruta polvilhada com açúcar. Podemos dizer que esta fruta é exclusivamente japonesa, tanto que não há um nome para ela noutras línguas.

11-  Hakuto - Pêssego branco
O Hakuto é um tipo de pêssego com casca quase branca, descoberto pela primeira vez em 1899 na província de Okayama. Esse pêssego é mais doce, mais suculenta e menos ácido do que os pêssegos comuns. A temporada de colheita ocorre entre os meses de julho e setembro.



12 - Kinkan - Laranja de ouro
Kinkan, significa “laranja de ouro”, mas apesar do nome e aparência, essa fruta não pertence à família dos citrus e sim ao gênero Fortunella. No Japão, existem dois tipos de Kinkan: a oval e amarga Nagami, ideal na confecção de doces e geleias e a Meiwa, redonda, doce e mais difícil de ser encontrada. 
As frutas podem ser vistas especialmente durante o inverno, já que a colheita é realizada entre os meses de novembro e fevereiro. O kinkan, embora pequeno, torna-se um gigante quando o assunto é sobre o seu valor nutricional: Essa fruta é rica em vitamina C, cálcio, potássio e antioxidantes.


13-  Nashi - Pera japonesa
O Nashi é uma pera japonesa cuja textura se parece mais com uma maçã do que com uma pera propriamente dita. Ele tem um teor muito elevado de água e é bastante suculento. A temporada da colheita é entre os meses de agosto e outubro. Hoje em dia, o nashi pode ser encontrado fora do Japão também.



14 - Kabosu
Kabosu é uma fruta cítrica verde suculenta associada ao yuzu, tem a forma de um limão e é usado como vinagre e na confecção de bebidas e doces. Esta fruta pode ser encontrada em abundância na província de Oita e a colheita ocorre entre os meses de agosto e outubro.


15 - Shikwasa
Shikwasa é uma fruta típica de Okinawa. Estão por toda a parte a partir do fim do verão até meados do inverno. Muitas casas antigas nas ilhas de Okinawa tem uma árvore de Shikwasa no quintal. O sabor da fruta é bastante azeda e por isso raramente são consumidas na sua forma natural. São usadas em sucos, geleias ou ainda para decorar os pratos da culinária local.


domingo, 18 de fevereiro de 2018

HASHI (pauzinhos Japoneses)


O Hashi começou a ser utilizado  2.500 anos antes de Cristo. Diz a história que os primeiros foram utilizados como suporte para grelhar carnes sobre as brasas. Para não queimar as mãos ao servir a carne, iniciou-se o costume de usar palitos feitos de bambu.
Lenda ou realidade, o hábito sobrevive até aos dias de hoje e  mostra uma das formas mais interessantes de manipulação dos alimentos.

O hashi é mais higiénico do que o garfo e a colher e pode ser produzido em diversos materiais, desde bambu até prata ou marfim. Parece que toda a cultura culinária oriental foi de certa forma desenvolvida para ser consumida por estes pauzinhos. Os alimentos, com excepção das massas, são cortados em tamanhos que podem ser apanhados facilmente, dispensando o uso da faca e do garfo.


Existem algumas regras de etiqueta para segurar os hashi. Uma delas é não ficar a balançar os pauzinhos no ar. Também não se pode  passar os alimentos de um hashi para o hashi de outra pessoa. Os pauzinhos são delicados e como tal não devem nunca perfurar os alimentos.Dizem os japoneses que inicialmente não era usado o hashi para comer sushi e sashimi (eram consumidos utilizando-se as mãos), mas como este hábito passou a ser difundido no ocidente, e com o passar do tempo tornou-se aceitável no Japão.
 Curiosidades sobre o uso do hashi:


– Nunca cruze o hashi
– Segure o hashi perto da parte final e não no meio ou no começo
– Nunca pegue no comer na posição vertical mas sim pela lateral
– Quando não estiver a usar o hashi ou quando terminar de comer, coloque-o á sua frente, com a ponta virada para a esquerda ou coloque-o sobre o hashioki, um objeto que é próprio para colocar o hashi, quando não estiver a utilizar
– Não espete o hashi no comer.  É considerada uma gafe (shinda toki)
– Não passe o comer do seu hashi diretamente para o hashi de outra pessoa
– É falta de educação escolher o comer e apontar pessoas e objetos com o hashI
– Não movimente pratos ou tigelas com o hashi
– O correto é segurar o hashi com a mão direita e usar a esquerda para levantar as tigelas de arroz e de sopa para comer
– Quando houver pratos que serão degustados por todos, terá um talher ou hashi para cada prato

– Garfo e faca são usados apenas para pratos ocidentais. Colheres, às vezes, são utilizadas em pratos japoneses que apresentam uma certa dificuldade de serem consumidos com o hashi, por exemplo, alguns donburi ou kare raisu. A colher chinesa de cerâmica ocasionalmente é usada para sopas



domingo, 11 de fevereiro de 2018

OSS


OSS (a transcrição exata do japonês é OSU) é uma expressão fonética formada por dois caracteres. O primeiro caractere “osu” significa “pressionar”, e determina a pronúncia de todo o termo. O segundo caractere “shinobu” significa “suportar”.

A expressão OSS foi criada na Escola Naval Japonesa, e é usada universalmente para expressões do dia-a-dia como “sim”, “por favor”, “obrigado”, “entendi”, “desculpe-me”, para cumprimentar alguém, etc. Bem como no mundo do karate para quase qualquer situação onde uma resposta seja requerida. Para um karateka, OSS é a palavra mais importante

A palavra OSS implica pressionar a si mesmo o limite da sua capacidade de suportar. OSS significa, de uma maneira mais simples, “perseverança sob pressão”. É uma palavra que por si só resume a filosofia do Karate. Um bom praticante de Karate é aquele que cultiva o “espírito de OSS”.

Obs.: Não deve ser dito de forma simplicista, usando apenas a garganta, mas, como tudo no Karate, deve ser pronunciado usando o “hara” (tanden). Pronunciado durante o cumprimento, OSS expressa respeito, simpatia e confiança no colega. OSS também diz ao Sensei que as instruções foram compreendidas, e que o praticante irá fazer o melhor para segui-las.


Principais aplicações:

1. Ao chegar e ao sair do Dojo: O karateca ao entrar no dojo assume a posição de cumprimento em pé (Ritsurei), pronuncia vigorosamente a palavra “OSS!”, para avisar ao Mestre, aos Senpai (mais graduados ou mais antigos) e o Kohai (menos graduados ou menos antigos) da sua chegada ou saída, quando o dojo estiver vazio o karateca deve faze-lo por respeito ao dojo a ao Mestre Funakoshi (tratando-se de uma Saudação Simbólica)

2. Quando se encontra com outro colega de karate: A saudação “OSS!” é a que deve chegar primeiro, de maneira vigorosa e com vivacidade, partindo sempre do Kohai para o Senpai e para o Mestre, o aperto de mãos que vem em seguida já se procede de maneira contrária, sendo assim do Mestre para o Senpai e depois para o Kohai e, claro, nenhum deles se negará a apertar a mão do Kohai, caso o mesmo venha e estender primeiro.

Obs. A saudação “OSS!” é impessoal, independente do grau de simpatia entres os karatecas, quando um deles se nega, por qualquer motivo, a responder á saudação, o mesmo está sujeito às sanções disciplinares prevista no regimento interno do seu dojo, por não condizer essa atitude com a filosofia do KARATE-DO, seja qual for o estilo.







domingo, 4 de fevereiro de 2018

ZODÍACO JAPONÊS




Juunishi é o nome do Zodíaco japonês.A diferença entre o Zodíaco chinês e o japonês é em relação ao calendário. Na China, o Ano Novo tem início de acordo com o calendário lunar chinês. No Japão, o Ano Novo é baseado no calendário solar desde 1872, quando o calendário lunar deixou de ser usado no país.

Por esta razão, o signo das pessoas nascidas em janeiro e fevereiro pode ser diferente, uma vez que o animal que rege o ano começa em datas diferentes nos dois países. Em 2018, o Ano Novo Chinês  começa no dia 16 de fevereiro e termina em 4 de fevereiro de 2019. Já no Japão, o Ano Novo, começou de acordo com o calendário solar, ou seja, dia 1 de janeiro.


Muita gente acredita que o horóscopo chinês é utilizado em todo oriente, mas engana-se pois apesar de seguirem as mesmas raízes o horóscopo japonês apresenta uma grande diferença devido á sua forma de contagem. Pouco difundido, esse estudo astrológico japonês possui praticamente os mesmos signos que o horóscopo chinês, mas a sua classificação anual é diferente, devido ao uso do calendário solar como base.


Animal do zodíaco
Kanji
Romaji
Ano de nascimento
 Rato
(ne)
1924, 1936, 1948, 1960, 1972, 1984, 1996, 2008, 2020
 Boi
(ushi)
1925, 1937, 1949, 1961, 1973, 1985, 1997, 2009, 2021
 Tigre
(tora)
1926, 1938, 1950, 1962, 1974, 1986, 1998, 2010, 2022
 Coelho
(u)
1927, 1939, 1951, 1963, 1975, 1987, 1999, 2011, 2023
 Dragão
(tatsu)
1928, 1940, 1952, 1964, 1976, 1988, 2000, 2012, 2024
 Serpente
(mi)
1929, 1941, 1953, 1965, 1977, 1989, 2001, 2013, 2025
 Cavalo
(uma)
1930, 1942, 1954, 1966, 1978, 1990, 2002, 2014, 2026
 Ovelha
(hitsuji)
1931, 1943, 1955, 1967, 1979, 1991, 2003, 2015, 2027
 Macaco
(saru)
1932, 1944, 1956, 1968, 1980, 1992, 2004, 2016, 2028
 Galo
(tori)
1933, 1945, 1957, 1969, 1981, 1993, 2005, 2017, 2029
 Cão
(inu)
1934, 1946, 1958, 1970, 1982, 1994, 2006, 2018, 2030
 Javali
(inoshishi)
1935, 1947, 1959, 1971, 1983, 1995, 2007, 2019, 2031

2018 é o Ano do Cão, segundo dizem, os nascidas no ano regido por este signo possuem “virtudes de um cão”: São leais, sinceras e esforçadas. Não tem medo dos desafios da vida; procuram relacionamentos harmoniosos com os outros ao seu redor.

Em 2018,o ano terá influência direta do elemento terra.  Por esse motivo, as pessoas serão mais tolerantes e terão mais empatia, tornando o ano de 2018 repleto de equilíbrio. Também presente estará a lealdade, honestidade, fidelidade e solidariedade.