segunda-feira, 29 de junho de 2020

A MULHER DO SAMURAI

Um onna-bugeisha era um tipo de mulher guerreira que pertencia à classe alta do Japão. Muitas esposas, viúvas, filhas, responderam ao chamamento do dever e envolveram-se em várias batalhas, geralmente ao lado de homens samurai. Eram membros da classe bushi (guerreiro) no Japão feudal e foram treinadas no uso de armas para proteger a sua casa, família e honra em tempos de guerra. As mulheres samurai também representaram uma divergência com o papel de "dona de casa “tradicional da mulher japonesa. Foram muitas vezes erroneamente referidos como samurai do sexo feminino, embora esta seja uma simplificação exagerada. Onna bugeisha eram mulheres muito importantes no Japão antigo. Ícones importantes como foi a Imperatriz Jingu , que veio a ter um impacto significativo sobre o Japão. É interessante notar que mesmo sendo ferozes guerreiras vestiam sempre quimonos luxuosos de seda fina e coloridos, estavam sempre maquilhadas e com os cabelos devidamente penteados. Havia todo um cuidado para que não deixassem de lado as suas qualidades femininas.


Muito antes do surgimento do famoso samurai de classe, lutadores japoneses foram altamente treinados para empunhar uma espada e lança. As mulheres aprenderam a utilizar naginata, kaiken, e da arte de tantojutsu na batalha. Essa formação assegurava a proteção em comunidades que não tinham lutadores masculinos. Mais tarde a conhecida Imperatriz Jingu (c. 169-269 dC), utilizou as suas habilidades para inspirar a mudança económica e social do Japão. Foi reconhecida como a lendária bugeisha onna que liderou a invasão da Coreia, em 200 dC, depois do seu marido Imperador Chuai , ter morrido em batalha. De acordo com a lenda, ela milagrosamente teve uma vitória para o Japão derrubando a Coreia sem derramar uma gota de sangue. Apesar das controvérsias que cercam a sua existência e as suas realizações, era um exemplo do bugeisha onna na sua totalidade. Anos depois de sua morte, Jingu foi capaz de transcender as estruturas sócio-económicas que foram incutidos no Japão. Em 1881, a Imperatriz Jingū tornou-se a primeira mulher a ser destacada na imprensa japonesa.

Hangaku e Tomoe Gozen foram as mais destacadas mulheres a usar suas naginatas com a destreza de um bushi, outro termo usado para designar samurai. 

Durante os períodos Heian e Kamakura , as mulheres que se destacaram no campo de batalha eram a exceção e não a regra. Ideais japoneses da feminilidade, muitas das mulheres tiveram grande impotência, em conflitos no papel de guerreira. Mulheres samurais, eram, ainda assim pioneiras neste papel, e algumas até mesmo passaram a liderar seus próprios clãs.

"o homem e a mulher não devem ser mais que uma só carne" diz o livro Bushido, o código do samurai. Assim sendo, a viúva de um Samurai tornar-se-ia ela mesmo uma praticante da arte de ser um soldado da aristocracia.



domingo, 21 de junho de 2020

JUSTIÇA SAMURAI


Todos os homens e mulheres eram considerados responsáveis pelos seus atos, primeiramente em relação à sua família. Um chefe de família tinha o direito de impor castigo sobre a sua família e servidores, não podendo, contudo aplicá-lo em público.
O samurai obedecia na aplicação da justiça aos preceitos estabelecidos pelo Kamakura Bakufu, sobretudo contidos no Joei Shikimoku e no Einin-Tokusei-rei (1297 D.C.), ou seja, a lei da Benevolência ou ao ato de Graça da Era Einin.
Quando um samurai cometia um grave delito no início dos tempos do regime feudal, não havia pena de morte, então o samurai cometia voluntariamente o ‘sepukku’, mas já no século XVII, formalizou-se a pena de morte por meio do ‘harakiri’.
Após essas épocas o samurai era geralmente punido por meio do exílio numa província longínqua, o que equivalia a transferir os seus direitos e propriedades a um herdeiro. Ou ainda confiscar  metade das suas terras, ou bani-lo para fora do seu domínio, isso no caso de adultério. Os samurais não tinham direito de apelação, dependendo do julgamento e pena a que fossem submetidos.




JARDINS JAPONESES




O jardim japonês tem como característica a beleza e a harmonia da natureza. Quem aprecia a tranquilidade e sonha ter um espaço para contemplação, meditação e relaxamento, terá de construir um jardim japonês.

Um jardim japonês requer cuidados especiais. Dependendo da escolha da planta, é recomendável ter muita atenção com a poda e a adubação do solo. Cada planta tem as suas características próprias e os seus ciclos de crescimento. Caso não se tenha o tempo necessário para cuidar do jardim, o ideal é ser escolhido espécies que requerem uma manutenção reduzida.


Plantas e elementos do Jardim japonês

Os elementos de um jardim japonês tem sempre um significado e uma função maior a cumprir. Não é diferente com as plantas e arbustos, alguns tem até significado sagrado.
 Principais plantas de um jardim japonês:

Pinheiro japonês

O pinheiro negro japonês é uma espécie sagrada e clássica de árvore para se plantar no jardim. São resistentes a condições mais extremas, mesmo em solos com poucos nutrientes. Por se tratar de uma espécie de bonsai, requer cuidados como a rega, poda e a adubação.


Bonsai

O bonsai é uma réplica de um árvore em miniatura geralmente plantada num vaso. Porque o crescimento, o padrão e as características em proporções são muito menores que as reaias, ele é considerado uma obra de arte.
Existem diversas espécies de Bonsai para se utilizar num jardim e cada um deles requer cuidados específicos. Deve ser escolhido o que melhor se adapta ao espaço existente.

Bambu

Seja na forma de fonte, como vedação de proteção ou fazendo parte do visual, o bambu continua muito presente na maioria dos jardins japoneses, pois é uma espécie muito presente no Japão. Além disso a bambu é leve e de fácil manuseio.

Bordô japonês

O bordô japonês é uma planta nativa da região da China, Coreia do Sul e Japão. Por ser uma planta de regiões temperadas, cresce melhor na região Sul . O bordô pode ter mais de uma cor e o mais utilizado é o que tem folhas vermelhas.


Kusamono

Kusamono quer dizer literalmente “aquela relva”, são pequenas plantinhas que são utilizadas para acompanhar um bonsai. Encontramos o Kusamono em muitos jardins japoneses.


Água

Ter um espaço dedicado para a água é uma ótima maneira para valorizar o jardim japonês. Presente geralmente em lagos com carpas, riachos e cascatas nos templos japoneses. A água também confere um som terapêutico e relaxante ao jardim.

Pontes

As pontes são ótimas para ligar duas extremidades de um jardim com rio ou lago, além de aproximar os visitantes da água. Está presente em muitos jardins deste tipo, mas pode ser utilizada mesmo sem água.



Jardim de pedras Japonês

As pedras são elementos essenciais no jardim japonês e podem conter vários significados. São associadas com o conhecimento e o sentido de longevidade ou eternidade. A escolha das pedras leva em consideração o seu tamanho, textura da superfície e outras características. Uma das tarefas mais difíceis na montagem do jardim é fazer a escolha certa das pedras para criar um ambiente harmonioso. As pedras grandes não são fixadas diretamente sob a terra. São enterradas e somente uma parte delas aparece à superfície.
Os caminhos de pedra ajudam a conduzir os visitantes a paisagens determinadas e são essenciais na contemplação do jardim. Por isto os detalhes são tão importantes. A luminosidade natural do ambiente também deve ser estudada, isto porque as pedras podem refletir a luz e alterar o aspecto visual do jardim durante o dia.

Lanternas

Quase todos os jardins japoneses tem uma ou mais lanternas. São geralmente esculpidas em pedra ou feitas de madeira e podem ajudar na iluminação do jardim, principalmente durante a noite.


Jardim japonês pequeno

No Japão, é muito comum ter espaços limitados e as suas construções são adaptadas a esta condição. Por isto, muitos jardins são feitos para se adequar a um espaço pequeno. Apesar disso, pode-se criar soluções interessantes e utilizar alguma técnica de miniaturização.
O desenho e a escolha dos materiais são essenciais para montar um jardim harmonioso.

CASAMENTO SAMURAI

Regra geral o casamento era arranjado pelos pais, com o consentimento silencioso dos jovens. Mas, também não se descartava a hipótese dos próprios jovens encontrarem os seus pretendentes. Na maioria dos casos segundo os velhos costumes, o encontro dos noivos eram confiados  a um (uma) intermediário(a).
Nas famílias dos samurais, a monogamia tornou-se regra, mas no caso de esterilidade da mulher, o marido tinha o direito de ter uma “segunda esposa” (como na aristocracia), pertencente à mesma classe ou de casta inferior.
Mas depois no século XV, esse costume acabou, no caso do casal não ter filhos e assim sendo não possuir herdeiros, recorria-se ao processo de ‘yôshi’ (adoção) de um parente ou de um genro.
Como norma geral o casamento constituía assunto estritamente familiar e realizava-se dentro dos limites de uma mesma classe.
Por vezes, os interesses políticos rompiam as barreiras dos laços familiares, transformando o matrimonio num assunto de estado.
Na aristocracia existiu um caso interessante, o caso da família Fujiwara, que com a afinalidade de manter a hegemonia da família nas altas posições junto á corte, casou as suas filhas com herdeiros do trono e outros membros da família imperial.
De modo semelhante, chefes de clãs samurais promoviam políticas de alianças por meio do casamento, dando as suas filhas em matrimónio a senhores vizinhos ou outras pessoas influentes.
A esposa de um samurai
Na classe samurai, mesmo não tendo uma autoridade absoluta, a mulher ocupava uma posição importante na família. Quase sempre dispunha de um controle total das finanças familiares, comandando os criados e cuidando da educação dos filhos e filhas (sob orientação do marido).
Comandavam também a cozinha e a costura de todos os membros da família. Tinham a importante missão de incutir na mente das crianças, os ideais da classe samurais, que eram, não ter medo diante da morte, piedade filial, obediência e lealdade absoluta ao senhor, e também os princípios fundamentais do budismo e confucionismo.
Com todas essas responsabilidades, a vida de esposa de um samurai não era nada invejável. Com muita frequência, o samurai estava ausente, prestando serviço militar ao seu senhor,  em tempo de guerra a mulher do samurai  era forçada a defender o seu lar de ataques inimigos.
Nessas ocasiões de perigo para a família, não era difícil a mulher combater ao lado do marido, usando de preferência a ‘narigada’ (alabarda), arma que aprendiam a manejar desde cedo.
Mesmo não tendo o refinamento das damas da nobreza, pela qual os samurais nutriam certo desprezo, a mulher samurai possuía conhecimentos dos clássicos japoneses e sabia compor versos na língua de Yamato, ou seja, no japonês puro, usando ‘kana’.
As crónicas de guerra, como o ‘Azuma Kagami’, contam-nos que esposas de samurais lutavam na defesa dos seus lares, empunhando alabarda, atirando com arco ou até acompanhando os seus maridos nos campos de batalha. Essas mulheres demonstravam muita coragem ao enfrentarem o perigo sem medo.
Sem perder a feminilidade essas esposas, cuidavam da sua aparência vestiam-se com cuidado, gostavam de manter a pele clara, usando batom e pintando os dentes de preto (tingir os dentes de preto era hábito de todas as mulheres casadas), arrancavam as sobrancelhas e cuidavam com muito carinho os seus longos cabelos escuros.

CURIOSIDADES SOBRE O JAPÃO



Os bonsais, calçado, sushi, o chá, as artes marciais, entre outros, torna a cultura japonesa extremamente fascinante e é baseada, principalmente, no respeito ao próximo. Aqui ficam algumas curiosidades sobre o Japão e sua cultura.



1.Encostar a mão noutra pessoa é considerado contato íntimo
Na cultura do Japão, contato físico, em geral, não é normal como no ocidente.  Por isso, dar as mãos, no Japão, é um ato considerado íntimo e, quando feito em público (especialmente entre uma mulher e um homem), pode ser bastante ofensivo para pessoas mais conservadoras.
2.No Japão não se dá o dinheiro na mão do empregado da caixa
No momento de pagar, no Japão, o dinheiro não é entregue diretamente nas mãos do empregado, mas numa bandeja. Isso é feito para manter a higiene e, também, para evitar a possibilidade de haver contato físico.
3.Na cultura japonesa conservadora as tatuagens não são aceites
No Japão, em geral, as tatuagens são malvistas, pois, tradicionalmente, elas eram muito utilizadas por pessoas conectadas a grupos criminosos ou pela máfia japonesa. Esse fato acabou por estigmatizar a tatuagem e, até hoje, japoneses mais conservadores vêem pessoas tatuadas com desagrado.

4.No Japão ninguém atravessa uma rua fora da passadeira para peões ou com o semáforo vermelho
Na cultura do Japão é costume não atravessar a rua fora da passadeira de peões  nem quando o semáforo está vermelho. Por causa disso, é muito comum ver pessoas paradas, à espera que o semáforo fique verde, para atravessar uma rua, muitas vezes, deserta.
5.Os japoneses têm muito cuidado quando estão constipados
É comum, para um japonês, usar máscara cirúrgica quando está constipado,  além de espirrar na dobra do cotovelo, em vez de espirrar nas mãos. Ambas atitudes são tomadas para evitar transmitir a gripe a alguém próximo.
6.A taxa de alfabetização da população japonesa é de quase 100%
A educação é muito valorizada na cultura japonesa e, por isso, não é por acaso que o Japão é um dos países com um dos maiores índices de alfabetização do mundo, com uma média de 99%.

7.Tirar os sapatos quando se entra em casa
Além prezarem muito o respeito, os japoneses prezam muito a higiene. Por essa razão, em todas as casas ou apartamentos, há uma área denominada genkan, para que deixem os sapatos que usam na rua e coloquem pantufas ou chinelos, que serão usados apenas dentro da casa.
Quando vão á casa de banho, também há mudanças, trocam as pantufas por um sapato especial, utilizado apenas na casa de banho, para evitar possíveis contaminações.

8.O Japão tem a maior expectativa de vida do mundo
A expectativa de vida do Japão é em média, 86 anos.
Além disso, o Japão é um dos países com a maior população idosa do mundo, graças à baixa taxa de natalidade, somada à excelente qualidade de vida disponível no país.
Estas curiosidades sobre o Japão são apenas uma pequena amostra sobre o quanto a cultura japonesa é fascinante e tem muito a oferecer às pessoas que a estudam ou visitam.




quinta-feira, 11 de junho de 2020

PESCA TRADICIONAL JAPONESA COM BIJUAS



A técnica milenar japonesa de pesca, chamada ukai tem mais de 1.300 anos de história e usa aves biguá. 

O método de pesca ukai foi descrito pela primeira vez no Kojiki, uma coleção de crónicas do Japão considerado como o livro mais antigo do país (712 D.C.).

Assistir a este tipo de pesca foi um dos principais passatempos da aristocracia japonesa entre os séculos VIII e XIX. Até mesmo os Imperadores davam importância para esta atividade. 


Durante o período Edo, Oda Nobugana patrocinou o ukai após a reunificação do país. Além disso, Tokugawa Ieyasu continuou incentivando a técnica. 

Entre as grandes personalidades que já apreciaram assistir a este tipo de pesca está o ator, diretor e roteirista britânico Charles Chaplin que a descreveu como a forma de arte mais elevada do Japão. 

Atualmente, apenas dois pescadores nomeados pela Agência da Casa Imperial do Japão podem ficar no ubune, o barco tradicional deste tipo de pesca. 


O pescador principal tem uma posição hereditária. Na região de Gifu, utilizam as roupas dos seus ancestrais, uma espécie de saia de palha, kimono escuro de algodão e eboshi, um chapéu tradicional. 

Os biguás são treinados e mergulham cerca de um metro de profundidade para pescar os peixes (embora sejam capazes de mergulhar em maiores profundidades). 

As aves ficam com uma corda enlaçada no pescoço para impedi-los de engolir o peixe. Porém, a relação entre os humanos e as aves sempre foi amistosa e recebem as suas devidas recompensas após a pescaria. 


Após a restauração Meiji tornou-se uma atividade controlada pela Agência da Casa Imperial do Japão e atualmente só pode ser vista em 13 locais do Japão. 

Os principais locais são o rio Nagawagawa em Gifu (11 de maio e 15 de outubro), rio Hozu em Arashiyama, Kyoto, (1° de julho e 23 de setembro) e rio Uji em Uji, de julho a setembro. É realizada somente durante o período noturno. 


Além disso, devido à importância cultural, a cidade de Gifu entrou com um pedido na UNESCO para torná-la Patrimônio Cultural da Humanidade. 

As aves são criadas e tratadas praticamente como um membro da família. Normalmente, vivem dentro das casas dos pescadores. 


A expectativa de vida desses animais varia entre 15 e 20 anos. São extremamente inteligentes e adaptáveis. No entanto, o treino pode durar entre dois a três anos.



terça-feira, 2 de junho de 2020

BENEFÍCIOS DO KARATE



Quem pratica Karate só tem a ganhar. A filosofia desta arte marcial é voltada para o desenvolvimento pessoal e para o cultivo de uma vida saudável. Não é sobre violência, mas sobre a procura do equilíbrio. Por isso o Karate é recomendado para todas as pessoas, de adultos a crianças, homens e mulheres.



Alguns dos benefícios do Karate:

1) Benefícios
É um exercício que trabalha todo o corpo, ajuda na perda de peso e aumenta a resistência. Karate é uma atividade aeróbica, movimentando todo o corpo. Quem quer ter uma boa forma física encontra neste desporto uma excelente opção. Nos treinos, trabalha e fortalece membros superiores e inferiores, ganhando definição muscular e melhora a sua preparação física.

2)  Desenvolve a capacidade cardiovascular e a respiração.
O coração é um músculo e, como tal, precisa ser exercitado para manter o seu pleno funcionamento, prevenindo problemas. A prática do Karate garante isso, pois proporciona o bombeamento eficiente do sangue e o transporte do oxigénio para todo o corpo. Também desenvolve a parte respiratória, uma vez que ela é um ponto muito importante do treino do Karate, inclusive com exercícios voltados para uma respiração correta. Tudo isto ajuda o karateca a ter mais energia e disposição, pois o organismo funciona melhor.



3) Aumenta a coordenação motora e os reflexos.
O treino contínuo do Karate visa a execução dos movimentos de maneira eficiente e precisa. Em cada treino dos katas há uma melhoria na coordenação, até chegar o momento em que pode  fazê-los até de olhos fechados.  Há ainda os treinos com outro karateca, para melhorar os reflexos e a aplicação adequada do que foi aprendido, de acordo com a situação.

4) Melhora a concentração.
Além do movimento, o Karate é a observação e raciocínio. É preciso estar atento aos detalhes durante o treino, como as orientações, os exemplos dos instrutores e a própria execução das técnicas e das bases. É preciso capacidade de refletir e interpretar o que está sendo aprendido. Por isso, o Karate é um exercício de foco e concentração.


5) Ajuda a corrigir a postura.
Uma parte importante dos treinos de Karate é  movimentar de forma correta, com a postura firme, sem ficar cabisbaixo, curvado ou executar as técnicas de qualquer forma. Com o tempo, ao se aperfeiçoar no dojo, a melhoria ficará visível.

6) Ajuda a melhorar a auto-estima e o controle emocional.
Ao iniciar todos os treinos, é realizada uma meditação como preparação para o que será praticado, deixando fora do dojo todas as questões que não sejam pertinentes. Isso, além do treino em si, ajuda a relaxar, extravasar os problemas e ganhar tranquilidade. Outro ponto é que à medida que se treina vai-se aprendendo mais sobre si próprio, consequentemente adotando uma postura confiante e assertiva para superar as dificuldades dentro e fora do dojo.


7) É defesa pessoal.
Quando o Karate foi criado pelos moradores das ilhas de Okinawa, atualmente parte do Japão, a questão era de vida ou morte. Não podiam andar armados e contavam apenas com a sua habilidade para sobreviver a ataques de bandidos e soldados. Por se terem estabelecido e chegado até nós nos dias de hoje, é óbvio que as técnicas desenvolvidas nessa arte cumpriram o seu objetivo de preservar a integridade física dos praticantes. Atualmente as ameaças são outras, mas saber defender-se ainda é fundamental.


8) Possui uma filosofia rica, com base no respeito e disciplina.
Karate não é um mero desporto. É um caminho trilhado para a vida, uma procura constante do indivíduo de ser melhor para si mesmo e para a comunidade. Esses valores são ensinados dentro do dojo para que sejam aplicados também fora dele. Aprende-se a importância de respeitar os outros e procurar o exemplo dos veteranos. Também a ser pontual e simpático. A filosofia desta arte marcial tem fundamentos no budô, a versão moderna do código dos samurais, com valores como justiça, coragem, compaixão, cortesia, sinceridade, honra e lealdade.

9) Desenvolve habilidades inter-pessoais e de liderança.
Um verdadeiro dojo acaba por ser a sua segunda casa onde se convive com perfis diferentes de pessoas. Á medida que vai aumentando a graduação, ficará com a missão de ensinar os mais novos. Com isso, aprende-se formas de comandar, ensinar pelo exemplo e também a psicologia para orientar alunos com potenciais e dificuldades distintas.


10) Ensina a importância da persistência para alcançar seus objetivos.
Não há uma maneira fácil de aprender Karate. Cada treino é mais um passo e as técnicas são dominadas pela repetição. Mas cada evolução, cada novo kata aprendido, cada desafio superado traz o sentimento de satisfação, de querer ir mais longe. Ser um karateca é cultivar o espírito de guerreiro que ajudará a vencer na vida.