O
taiko é um instrumento de percussão, cuja superfície é
confeccionada com pele de animal. É tocada com a mão ou com o uso
de uma baqueta, mas sempre exige do músico a habilidade rítmica e a
preparação física para sustentar batidas homogéneas para obter o
som satisfatório.
Foram
encontrados bonecos “haniwa”do século V, feitos em terracota que
carregam no ventre um tambor. Pinturas do início do século XII já
retratam o chodaiko, do tipo gongo, e o tandodaiko, com o corpo mais
achatado. Todos os registos comprovam que o taiko está presente na
história da música japonesa há quase 1.500 anos. O taiko é
utilizado quase sempre em festividades xintoistas, e eventos
budistas.
O
tipo de taikô mais utilizado é o Chodôdaiko. São taikos feitos
com tronco de madeira cavada. Geralmente medem 45 a 60 cm de
diâmetro, mas podem chegam a 1,50m. Com a escassez crescente de
madeiras nobres, os preços de um taiko ficaram muito elevados. Um
grande chodôdaiko pode valer milhares de euros, mesmo um de tamanho
pequeno é muito caro. Nos últimos tempos os corpos do taiko são
confeccionados com uma resina de uretano, ficando o custo mais
reduzido.
O
maior taiko é o Okedaiko, que utiliza a pele bovina, tem forma de
tonel e é amarrado com barbante. Pode ter mais de três metros de
diâmetro e pesar mais de uma tonelada. O okedaiko pode ser executado
por até dez pessoas, utilizando-se de baquetas.
O
nome Kyorakuza significa “som alegre dos tambores” e o objetivo
maior do grupo é transmitir os valores da cultura japonesa tais como
concentração, disciplina, determinação e respeito às tradições.
No
Japão feudal, taikos eram frequentemente usados para motivar as
tropas, para ajudar a marcar o passo na marcha e para anunciar
comandos e anúncios marciais. Ao se aproximar ou entrar no campo de
batalha o taiko yaku (tocador de tambor) era responsável por
determinar o passo da marcha, usualmente com seis passos por batida
no tambor.
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