terça-feira, 4 de janeiro de 2022

A FLEXIBILIDADE

 

A flexibilidade aumenta a eficácia dos nossos ataques ou defesas, permitindo um maior alcance nos movimentos das pernas e braços, conseguindo um maior raio de ação, tanto em altura como em profundidade. Estas qualidades conseguem-se, se localizarmos o trabalho de flexibilidade nas zonas da anca e da coluna vertebral, permitindo-nos igualmente, um maior equilíbrio na execução das técnicas, dado que, uma posição inadequada do tronco, durante a sua execução, reduz a sua eficácia.


Assim, com menos flexibilidade, reduzem-se as hipóteses, quer de ataque, quer de defesa. Outro inconveniente é o perigo de lesões musculares e dos tendões. Considerando que a flexibilidade é um fator indispensável para fluidez e agilidade dos movimentos, deve ser praticada assiduamente nos treinos ou em casa.


A flexibilidade, poderá definir-se como a capacidade de realizar amplos percursos articulares, obtidos pela mobilidade articular, a elasticidade muscular (dos músculos antagonistas) e a força muscular (dos músculos agonistas).

Devemos ter em conta que existem vários fatores que a determinam:

A Hereditariedade, nas questões genéticas é importante. A raça asiática possui maior laxidão articular comparando-a com a ocidental. Ou seja, com o mesmo trabalho, conseguem resultados mais rápidos.

A mulher, tem maior viscosidade muscular, permitindo que se adaptem com mais facilidade aos exercícios de flexibilidade.

O homem, desde a sua infância, realiza brincadeiras ou tarefas de força, o que provoca um encurtamento do musculo ao aumentar o tónus muscular, travando o percurso articular. Isto caso não tenha feito, simultaneamente, exercícios de flexibilidade.

Algumas das características físicas femininas: diferem sensivelmente das masculinas.
A diferença de peso entre o homem e a mulher não representa inconveniente de maior na prática das artes marciais, pois é diretamente proporcional à estatura. O elemento peso não entra em linha de conta, por exemplo, na autodefesa, não se tratando de competição, seria absurdo pensar que só se enfrentam adversários de peso idêntico.


Esqueleto: marca uma grande diferença entre o homem e a mulher no que respeita às artes marciais. Com efeito, a estrutura óssea da mulher representa uma desvantagem perante golpes dados segundo as técnicas de Karaté ou de tai-jitsu. As artes marciais visam o desenvolvimento harmonioso do espírito e do corpo e, embora a concentração mental permita suportar alguns choques violentos, há que conjugar movimentos e defesas, evitando as agressões demasiado violentas. O diâmetro das articulações é uma diferença morfológica importante, toda a mulher combatente deverá tomar consciência desse facto. O homem dispõe, de vantagens quanto a chaves (mãos mais volumosas), atemis (impactos mais fortes) e kentos (golpe brusco dado com as saliências das articulações entre o metacarpo e a primeira falange, estando o punho fechado).


Musculatura: depende também do trabalho efetuado a esse nível, sendo possível intervir para modificar um ou outro fator.


Idade: as crianças de tenra idade possuem uma flexibilidade extraordinária devido às características do músculo infantil (grande índice de substância basal) e do osso jovem, que possui uma proporção de matéria orgânica elástica grande. Com o passar dos anos, perde-se a flexibilidade, até que, em idades avançadas, exercícios de grande intensidade nesta área podem ser prejudiciais. Recorde-se que a substância basal do músculo vai decrescendo, o osso adulto, duro e rígido, com um esforço, pode sofrer uma fratura ou luxação. Só um trabalho programado e centrado na puberdade, idade em que começa o declive desta qualidade, poderia prolongar o nível obtido quanto à amplitude articular. Para pessoas de mais idade é aconselhável o sistema de melhoria utilizado no ioga, ou seja, a flexibilidade passiva e estática.


Temperatura ambiente: o frio inibe a flexibilidade e o calor incrementa-a.

Trabalho habitual: a vida sedentária reduz os percursos articulares, um trabalho de força muito intenso, em certo grau, retira a elasticidade à musculatura.

Fadiga muscular: o alongamento ou estiramento muscular está limitado por um elevado tónus muscular e, sobretudo, por contrações musculares provocadas pelo temor à lesão, nervosismo ou irascibilidade. Este fator, tão importante, pode regular-se mediante o relaxamento consciente, acompanhado de um ambiente calmo. Um método prático consiste em concentrar a atenção na respiração, preferivelmente, abdominal, relaxando, por esquecimento, os mecanismos de contração defensivos.

Hora do dia: geralmente, entre as doze e as treze, situa-se o período em que estamos mais flexíveis ou dispostos à flexibilidade, sendo a pior hora a do despertar. À medida que decorre a tarde, a amplitude de movimentos reduz-se, sobretudo, se realizarmos uma atividade física intensa.


1 comentário:

  1. Bem podemos tentar esticar😔. É sempre uma tarefa árdua o tentar "ganhar" alguma flexibilidade 🥋😏

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