sábado, 4 de novembro de 2017

CINEASTA JAPONES AKIRA KUROSAWA


Nem sempre a indústria cinematográfica soube retratar, com o mínimo de veracidade, o mundo das artes marciais.
Muitos, terão ficado a detestá-las, umas pelo excesso de violência, outras pela fantasia exagerada presente nos filmes.
Existem películas de ficção, mas é nos filmes históricos que se retrata alguma da verdade das artes marciais, assim como, as gentes e costumes da época, em que a grande rivalidade entre os vários clãs e a luta pelo poder mantinham o país quase em guerra permanente.
De qualquer forma, há que salientar a excelente condição técnica e física de alguns atletas/atores bem como o trabalho dos realizadores, que muito contribuíram para a divulgação e desenvolvimento destas nobres artes.

Akira Kurosawa - 23-03-1910 - 6-09-1998
Entre 1946 a 1950, o cinema japonês atravessou um período de ensaio, tentando novos rumos. Organizou-se a produção então, com cinco companhias, surgindo, por via disso, uma idade de ouro iniciada com o famoso Rashomon (Às Portas do Inferno, de 1951) do então jovem realizador Kurosawa.
É desse ano, o primeiro filme a cores de outro grande realizador japonês K. Hinoshita com o filme “O Regresso de Cármen”.
O advento da televisão, nos anos 60, provocou um rápido declínio do número de frequentadores de cinema e a popularização dos vídeos na década de 1980, levou a uma estabilização desse número num patamar, relativamente baixo, de 150 milhões de espetadores.
O total combinado dos filmes estrangeiros e japoneses exibidos nos anos oitenta foi de 370, com o número dos filmes estrangeiros superando os japoneses na proporção de dois para um.
O cinema japonês, tem hoje, diversas tendências, desde filmes policiais, melodramas, documentários exóticos, comédias para jovens, filmes de Samurais e filmes de ficção científica.
No desenho animado, há obras de muito interesse, tanto no estilo tradicional, como no da animação moderna.
Akira Kurosawa, O “Sensei do Cinema” ou “o Imperador” é um grande nome do cinema mundial. Com uma carreira de cinquenta anos, Kurosawa dirigiu 30 filmes. Poeta das imagens, humanista de profunda sensibilidade e técnico consumado. A ele se devem obras-primas como Os Sete Samurais, O Castelo da Aranha, A Fortaleza Escondida, Yojimbo, Barba Ruiva, etc.
Em 1989 foi premiado com um Oscar pelo conjunto da sua obra "pelas realizações cinematográficas que têm inspirado, encantado, enriquecido o entretido do público e influenciado cineastas de todo o mundo".
Enquanto estava a finalizar a sua obra em 1995, Kurosawa escorregou e partiu a base da coluna. Depois do acidente, passou a movimentar-se numa cadeira de rodas até ao final de vida.
Assinatura de Akira Kurosawa no Ueno Park em Tokyo
Depois do acidente , a saúde de Kurosawa começou a se deteriorar. Enquanto a sua mente continuava viva, o seu corpo ia desistindo. Nos últimos seis meses de vida, Kurasawa ficou praticamente confinado à sua cama, ouvindo música e assistindo televisão em casa. Em 6 de setembro de 1998, Kurosawa morreu com 88 anos de idade. Foi sepultado no Anyo-jy Temple Cemetery, Kamakura, Kanagawa no Japão.

Rashomon (1950)

Ikiru (1952)

Seven Samurai (1954)

Throne of Blood (1957)

Yojinbo (1961)

Sanjuro (1962)

Dersu Uzala (1974)

Kagemusha (1980)

Ran (1985)

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