O mais antigo par de óculos existente no Japão
encontra-se guardado no Templo Daitoku, Quioto. É feito de marfim, com as duas
lentes presas por um elo era utilizado sobre o nariz. É desconhecida a sua
origem, mas suspeita-se que tenha sido um presente do jesuíta português da
Companhia de Jesus, Francisco Xavier, ao Daimiô Ouchi Yoshitaka. Assim como a
arma de fogo e o Cristianismo, os óculos também representavam a civilização
europeia da época.
Dizem que ao ver os jesuítas a usarem óculos,
os japoneses ficaram assustados, diziam que “os padres tinham quatro olhos”. No
Período Edo, os óculos passaram a ser fabricados em Nagasaki, tendo como modelo
os óculos importados da Holanda e de Portugal. Exceto nos produtos importados,
as lentes eram de cristais polidos produzidos no Japão. Os aros eram fabricados
a partir de metais, carapaças de tartarugas ou chifres de búfalos. Em meados do
século XVII haviam seis óticas em Osaka, a maior cidade comercial da época. Só
no início do século XX chegavam ás restantes cidades.
Atualmente, 61% do mercado dos óculos e 93,7%
do mercado dos aros pertence à Província de Fukui. A província possui prestígio
mundial na fabricação de lentes de plástico e aros de metal de alta qualidade.
ÓCULOS PARA JAPONESES
Por volta do século XVI até o século XVII
surgem os óculos com fios de seda para colocar nas orelhas. Como os japoneses
possuem, por natureza, nariz pequeno, as palparas tocavam nas lentes causando
desconforto. Dizem que, talvez por esse motivo, tenham sido inventadas as
pequenas peças de suporte para apoiar os óculos sobre o nariz.
Antigamente, no Período Edo, o preço era muito
elevado. Tudo indica que não eram de grande utilidade. Atualmente encontram-se
óculos com preços acessíveis e variados.
São apreciados nos variados modelos e cores, dos aros e das lentes, como
um dos acessórios de moda.
Presentemente os óculos chagaram a um grau de
sofisticação que, há peças que pesam 2 gramas, fabricadas praticamente por todo
o mundo, resultado de pesquisas Japonesas.
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