A criança samurai:
Todo o samurai considera como ponto de honra, ele próprio cuidar da educação dos seus filhos, com a indispensável ajuda de sua mulher.
Desde os 5 anos, as crianças aprendem a manejar o arco e a flecha, praticando em alvos ou em caçadas, sob a orientação paterna. Posteriormente, treinam também a equitação – indispensável ao bom samurai
A educação inclui duas práticas essenciais:
1 - Escrita chinesa e conhecimento dos clássicos japoneses e chineses
2 - Manejo de armas
A partir dos 10 anos, a criança, durante quatro ou cinco anos, recebe uma educação intensiva, que consiste no treino da caligrafia, matérias gerais e exercícios físicos. A noite era reservada à poesia e à música (os samurais tocavam o shakuhachi e a flauta de bambu japonesa). A leitura consistia em crónicas de guerra, história antiga, coleções de máximas, etc., todas destinadas a moldar uma mentalidade marcial no jovem samurai.
Aos 15 anos, o samurai é reconhecido como adulto. É quando é sujeito à cerimónia do gempuku, através da qual é confirmada a sua nova condição de adulto. A partir daí, ele passa a transportar também duas espadas verdadeiras à cintura e tem de obedecer ao bushidô (código de honra). Ocorre também uma mudança na sua aparência, tanto no penteado como na forma de se vestir
A mulher do samurai:
Na classe dos bushi, a mulher é responsável por importantes funções, apesar de não possuir autoridade absoluta.
Tem de cuidar da cozinha e das roupas de todos os membros da casa. Além disso, tem um papel significativo na educação das crianças, a sua obrigação é incutir nas suas mentes os ideais da classe samurai e os princípios básicos do budismo e do confucionismo. No entanto, toda a educação dos filhos é supervisionada pelo marido.
Quando o samurai não se encontrava em casa, o que acontecia com frequência, a mulher assumia o controlo do lar. Isso incluía, além dos trabalhos domésticos, a respetiva defesa. Em tempos de guerra, se a casa do samurai fosse atacada, a mulher tinha por função defendê-la com as próprias mãos, usando uma espécie de espada, denominada Naginata.
Tal como o samurai tinha de servir o seu senhor (daimyo), a mulher também tinha de servir o seu marido, sendo fiel e mantendo-se compenetrada nas suas funções.
Na classe dos bushi, a mulher é responsável por importantes funções, apesar de não possuir autoridade absoluta.
Tem de cuidar da cozinha e das roupas de todos os membros da casa. Além disso, tem um papel significativo na educação das crianças, a sua obrigação é incutir nas suas mentes os ideais da classe samurai e os princípios básicos do budismo e do confucionismo. No entanto, toda a educação dos filhos é supervisionada pelo marido.
Quando o samurai não se encontrava em casa, o que acontecia com frequência, a mulher assumia o controlo do lar. Isso incluía, além dos trabalhos domésticos, a respetiva defesa. Em tempos de guerra, se a casa do samurai fosse atacada, a mulher tinha por função defendê-la com as próprias mãos, usando uma espécie de espada, denominada Naginata.
Tal como o samurai tinha de servir o seu senhor (daimyo), a mulher também tinha de servir o seu marido, sendo fiel e mantendo-se compenetrada nas suas funções.
As crónicas de guerra da época focam mulheres de samurais que, na defesa de seus lares, empunham armas, atiram com arcos e até mesmo algumas que acompanham os seus maridos em campos de batalha. Isso demonstra que elas possuíam grande sagacidade e coragem.
Apesar de todas essas funções ditas "masculinas", a mulher do samurai não perde a sua feminilidade e vaidade. Cuidam com muito carinho da sua aparência, gostam de manter a pele clara, arrancam sobrancelhas, vestem-se com luxo e usam cosméticos, como o batôn e o pó-de-arroz. Também era hábito das mulheres casadas pintar os dentes de preto.
O casamento:
Como em muitas outras culturas, o casamento era encarado mais como uma união de interesses, do que propriamente uma união amorosa. Prova disso é que, frequentemente, era arranjado pelos pais, embora com o consentimento dos jovens. Segundo velhos costumes, muitas vezes, os preliminares eram confiados a um intermediário.
No caso da mulher do samurai ser estéril, o marido tinha por direito uma segunda esposa, para que esta lhe pudesse dar descendentes.
A partir do século XV, esse costume vai desaparecendo, prevalecendo assim, a monogamia. É importante salientar também que o homossexualismo era prática considerada normal entre os samurais, apesar de não haver casamentos entre eles.
Como em muitas outras culturas, o casamento era encarado mais como uma união de interesses, do que propriamente uma união amorosa. Prova disso é que, frequentemente, era arranjado pelos pais, embora com o consentimento dos jovens. Segundo velhos costumes, muitas vezes, os preliminares eram confiados a um intermediário.
No caso da mulher do samurai ser estéril, o marido tinha por direito uma segunda esposa, para que esta lhe pudesse dar descendentes.
A partir do século XV, esse costume vai desaparecendo, prevalecendo assim, a monogamia. É importante salientar também que o homossexualismo era prática considerada normal entre os samurais, apesar de não haver casamentos entre eles.
Sucessão:
Por tradição, o herdeiro do samurai tende a ser o seu filho primogénito. Entretanto, isso não constitui uma regra, pois o mais importante para o samurai é escolher o filho mais apto a ser bom guerreiro, e a defender o nome da sua família. Na ausência de um herdeiro homem, ou se o samurai achar que nenhum dos seus filhos é digno de honrar o nome da família, ele pode recorrer à adoção (chamada yôshi), geralmente, de um parente ou genro.
O processo de adoção existe desde a Antiguidade, no Japão, e surge da necessidade primordial do samurai encontrar um herdeiro capaz de honrar e respeitar os seus antepassados, proteger o nome e as posses da família contra eventuais rivais. O herdeiro tem por função sustentar os seus irmãos e irmãs, que se tornam seus dependentes após a morte do pai.
Por tradição, o herdeiro do samurai tende a ser o seu filho primogénito. Entretanto, isso não constitui uma regra, pois o mais importante para o samurai é escolher o filho mais apto a ser bom guerreiro, e a defender o nome da sua família. Na ausência de um herdeiro homem, ou se o samurai achar que nenhum dos seus filhos é digno de honrar o nome da família, ele pode recorrer à adoção (chamada yôshi), geralmente, de um parente ou genro.
O processo de adoção existe desde a Antiguidade, no Japão, e surge da necessidade primordial do samurai encontrar um herdeiro capaz de honrar e respeitar os seus antepassados, proteger o nome e as posses da família contra eventuais rivais. O herdeiro tem por função sustentar os seus irmãos e irmãs, que se tornam seus dependentes após a morte do pai.
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