quinta-feira, 3 de agosto de 2017

O GO - JOGO DE ESTRATÉGIA

O “Go” é um jogo de estratégia, muito popular no Extremo Oriente, tendo sido
criado, muito provavelmente, na China há, pelo menos, três milénios.
No século VII, foi introduzido no Japão, onde se tornou extremamente popular. 
Adotado pelos militares como meio de instrução na arte da guerra, os monges budistas também contribuíram para a sua difusão.
No século XVII, foi fundada a Go-In, academia oficial encarregue da formação dos jogadores.



Há hoje, no Japão, milhões de praticantes, alguns deles profissionalizados, classificados por categorias internacionais (dan e kyu).
Nos finais do século XIX, o jogo foi trazido para o Ocidente pelo etnólogo Korschelt. Começou por se implantar na Áustria e na Alemanha, depois de 1945 nos Estados Unidos e em França, países em que alcançou um certo sucesso.
O go, joga-se sobre um tabuleiro quadrado, chamado go-ban, comportando dezanove linhas horizontais e dezanove linhas verticais, que, no total, formam trezentas e sessenta e uma intersecções.
Normalmente, para os principiantes, utiliza-se um go-ban de dimensões mais reduzidas, de, por exemplo, nove linhas sobre nove. Os dois jogadores dispõem, cada um, de um número teoricamente ilimitado de peões, ou pedras, brancos para um e negros para o outro. Cada um coloca, à vez, um dos seus peões sobre uma intersecção de linhas.



A finalidade do jogo é a criação de territórios, ou seja, zonas vazias rodeadas por peças da mesma cor. Cada intersecção num território vale um ponto para o jogador que o envolve. O que, no final do jogo tenha, nem que seja mais um ponto do que o seu adversário, considera-se o vencedor da partida, terminando o jogo, quando todas as intersecções vazias pertencerem quer ao território branco quer ao território negro.
Os peões, colocados sobre a grelha de partida, não podem ser deslocados, mas podem ser capturados quando as intersecções, verticais e horizontalmente adjacentes a uma dada pedra, estiverem ocupadas por peões adversos.
A captura de um peão vale um ponto para o jogador que a efetua.
Os pontos ganhos em capturas são, no fim da partida, adicionados aos pontos ganhos em território.
As pedras da mesma cor, ligadas umas às outras, por traços horizontais ou verticais, formam uma figura chamada cadeia. Uma cadeia pode ser capturada, exatamente como um peão, quando todas as intersecções que lhe são contíguas estão ocupadas por pedras da cor adversa.
Diz-se que uma pedra ou cadeia está em atarí quando bastar uma jogada do adversário para proceder à sua captura, ou seja, quando não lhe restar mais do que uma liberdade (intersecção adjacente disponível). Inicialmente, uma pedra possui quatro, três ou duas liberdades, consoante esteja colocada no interior, no bordo ou num canto do go-ban.





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