Na
perspetiva de alguns dos estudiosos, o Karaté deverá ser quase tão
antigo
como o próprio homem. A luta pela sobrevivência, contra as forças na natureza, animais selvagens e os da sua espécie, obrigou-o a procurar formas de ultrapassar as suas próprias limitações físicas. Foi naturalmente com um corpo forte, saudável e algumas técnicas progressivamente aperfeiçoadas e treinadas, que o conseguiu.
como o próprio homem. A luta pela sobrevivência, contra as forças na natureza, animais selvagens e os da sua espécie, obrigou-o a procurar formas de ultrapassar as suas próprias limitações físicas. Foi naturalmente com um corpo forte, saudável e algumas técnicas progressivamente aperfeiçoadas e treinadas, que o conseguiu.
Apesar
dos numerosos estudos elaborados ao longo dos tempos, a origem do
Karaté permanece, ainda hoje, por desvendar. Uma das conclusões é que,
de facto, o início da prática desta arte marcial se situa na Ásia
Oriental. Nas várias regiões desta zona do globo, surgiram formas
diferentes de autodefesa, naturalmente, todas com a mesma finalidade.
Técnica: Chudan-Gyaku-Tsuki |
Técnica: Jodan-Mawashi-Geri |
A
ilha de Okinawa, situada no arquipélago de Ryukyu, no Sul do Japão,
passou para o jugo chinês no século XV. Os conquistadores proibiram o
uso das armas à população. Sem se resignar, o povo de Okinawa
desenvolveu clandestinamente, uma arte marcial derivada do kempo chinês
(designação das artes marciais) o Tode ou “mão da china”. Esta arte foi
introduzida, sobretudo, pelos monges chineses, como o provam ainda
certos nomes de kata: um kata provém do jion-ji, um antigo templo
budista; segundo o kata, o estilo shorin ryu evoca explicitamente os
seus laços com o templo de Shaolin.
Esta proibição manteve-se quando, em 1609, um nobre japonês ocupou Okinawa.
Cada vez mais praticada, sempre durante a noite, no maior segredo, esta arte marcial local começou a ser conhecida pelo nome de okinawate e, só no século XX, é que Gichin Funakoshi (1868 - 1952) a introduziu no resto do Japão.
Cada vez mais praticada, sempre durante a noite, no maior segredo, esta arte marcial local começou a ser conhecida pelo nome de okinawate e, só no século XX, é que Gichin Funakoshi (1868 - 1952) a introduziu no resto do Japão.
Técnica: Jodan Ura-Mawashi-Geri |
Técnica: Jodan-Yoko-Geri |
Decidiu
então chamar-lhe karaté do, a via da mão vazia, com a finalidade de
sublinhar a sua dependência do budo. Esta palavra kara (vazio) foi
escolhida para designar a característica do combate de mãos nuas desta
arte, mas, sobretudo, pelo seu significado moral e religioso. Kara
refere-se também à “ausência (vazio) de qualquer intenção agressiva” e
evoca a experiência zen do “vazio”.
Tendo
encetado um trabalho de fundo com vista ao ensino do Karaté, não só nos
clubes privados mas, fundamentalmente, nas universidades, foi ele que
retirou à prática os aspetos de índole militar, tradicionalmente
relacionados com a história e cultura japonesas. Porém, não foi sem
dificuldades que deu os primeiros passos.
Técnica: Balaiage com projeção |
Técnica: Tsuki em Kiba-Dachi |
O
Japão era uma nação de grandes tradições guerreiras e resistiu às
sucessivas tentativas de Funakoshi para retirar os aspetos bélicos do
Karaté, substituindo-os por métodos mais educativos e formativos, numa
perspetiva do homem social no futuro. As mutações sociais indispensáveis
aos objetivos de Funakoshi não se viriam a operar durante o seu período
de vida.
Com efeito, as técnicas mostram-se implacáveis, porque assentam nos atemi, golpes dirigidos aos pontos vitais do corpo com a ajuda das mãos, dos pés, cotovelos e joelhos. Se não é praticado na sua ótica tradicional de arte de defesa e como uma via, o karaté, desligado do Do, degenera facilmente numa espécie de pugilismo perigoso, que nada tem a ver com o karate do mestre Funakoshi.
Com efeito, as técnicas mostram-se implacáveis, porque assentam nos atemi, golpes dirigidos aos pontos vitais do corpo com a ajuda das mãos, dos pés, cotovelos e joelhos. Se não é praticado na sua ótica tradicional de arte de defesa e como uma via, o karaté, desligado do Do, degenera facilmente numa espécie de pugilismo perigoso, que nada tem a ver com o karate do mestre Funakoshi.
Técnica: Tettsui-Uchi em salto |
Técnica: Gyaku-Shuto-Uchi |
A
arte do combate, o bu do, designa o caminho abrupto que serpenteia no
âmago das artes marciais. E que difícil é esta via do combate. A
presença do adversário exige a presença de si mesmo no mais ínfimo
gesto, torna-se consequentemente, uma questão de vida ou de morte. Uma
falha na concentração, um desequilíbrio entre o espírito e o corpo são
fatais num combate real, e mesmo num treino normal, comportam uma dose
de risco. Depressa descobrimos que o adversário mais perigoso se
encontra dentro de nós próprios. Deste modo, a via do combate reveste-se
de um sentido completamente diferente.
Técnica: Empi-uchi |
Dojo
significa em japonês “o lugar da via”, e o que se pratica é o budo.
Como um templo, o dojo é o espaço sagrado, onde nos dirigimos para
receber um ensinamento, para nos adestrarmos e nos regenerarmos. Mas os
mestres insistem em afirmar que não se pode praticar o budo fora do
dojo. Ele constitui uma arte de viver que se experimenta a cada
instante. O verdadeiro dojo, acrescentam os mestres, é aquele que o
discípulo deve cimentar dentro do coração, no mais íntimo de si mesmo.
Karate a Arte Marcial que recorre fundamentalmente às armas naturais do corpo humano.
Karate a Arte Marcial que recorre fundamentalmente às armas naturais do corpo humano.
AS ORIGENS DO KARATÉ
Séc. XIII Conflitos no Japão / refugiaram-se Guerreiros transportando diversas armas e técnicas.
Séc. XV Invasão Japonesa / proibição de utilização de qualquer arma branca pelos Japoneses.
Forte estimulação de uma prática clandestina designada CH´UAN FA e outra designada TEApresentava diferentes características consoante a proveniência.
SHURI NAHA
TOMARI
Shuri - Predominância de estilos Chineses
Naha - Predominância estilos internos do grupo Nei-ChiaTomari - Sintese dos estilos anteriores
Gichin Funakoshi - 1924 |
Séc.XX
(1916) Ginchin Funakoshi apresentou o designado Karate. Inicialmente,
KARA significava “China” (origem). Depois, acrescentou-lhe uma dimensão
filosófica:
Kara - Mão vazia (vazio, referindo-se à atitude do espírito)
Te - Arte
Do - Via
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